Se num carro manual, mesmo que o carro esteja em ponto morto, a ligação entre motor e embraiagem nunca seja 'cortada' (assim havendo desperdícios de energia, logo ineficiência), num carro com caixa automática o motor é efetivamente desconectado da caixa nas condições ideais – sobretudo quando o acelerador não vai pressionado.
Nessa circunstância, o carro consegue deslizar de forma mais cómoda, circulando por períodos mais longos sem necessidade de reacelerar – desde que as condições, uma vez mais, assim o permitam –, tendo ainda como vantagem face a possibilidade de o motor de combustão se reativar de forma quase instantânea se tal for necessário e acelerar prontamente.
No mercado existem já muitos modelos com esta tecnologia, que permite sempre que possível desacoplar motor e caixa, quase sempre de forma impercetível ao condutor. Olhar para o ponteiro das rotações no valor de ralenti (geralmente em redor das 650-700 rpm) é indicador de que está em modo 'roda-livre'.
Mas, outros sistemas mais avançados, como os que contam com a tecnologia elétrica de 48 V, permitem mesmo desligar o motor de combustão interna, num prolongamento do sistema stop-start que usualmente desliga o motor nas paragens em semáforos ou filas de trânsito. Esse permite poupar ainda mais combustível e evitar emissões poluentes de forma total. A capacidade do sistema de 48 V consegue alimentar, no entanto, as demais funções do veículo, como a direção assistida.
O veículo conta com diversos sensores que analisam vários pontos momentaneamente, como a posição do acelerador, exigindo o acoplamento de caixa e motor quando o acelerador é pressionado. No processo, engrena a relação de caixa mais adequada à velocidade do momento, para evitar sobrerotações do motor, que poderiam causar danos.
Marcas como a Bosch, fornecedora de muitos dos sistemas eletrónicos dos veículos, ou a ZF, especialista no fabrico de caixas automáticas, apontam benefícios da aplicação de sistemas de 'roda-livre' nos automóveis, tanto em termos de consumos, como de emissões poluentes: ambas apontam uma redução em redor dos 10% nos consumos e nas emissões poluentes.
Uma das tecnologias em que os construtores automóveis mais têm trabalhado nos últimos anos é a de ‘roda-livre’ ou condução ‘à vela’ que é apontada como uma forma de reduzir os consumos e as emissões poluentes. Mas sabe o que é e sabe se o seu carro tem esta tecnologia integrada?
Já deve ter ouvido por diversas vezes que não deve conduzir um carro de caixa manual em ponto morto, uma vez que isso pode causar perda de controlo do veículo (sobretudo em descidas ao não poder contar com o motor para reduzir a velocidade), além de não poupar combustível, mas nos mais recentes automóveis com caixa automática uma das funções integradas é a de possibilitar que o motor funcione ao ralenti sem enviar potência para o eixo motriz sempre que as condições assim o permitem.
Usualmente, é uma tecnologia muito associada aos modos de condução mais orientados para a ecologia, como são os casos do ‘Eco’, ou ‘Efficient’ de algumas marcas.
Parece confuso, mas o Motor24 ajuda a explicar.
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