Vídeo das autoridades rodoviárias em Espanha explica o que se sente e tudo o que pode acontecer quando conduzimos à velocidade louca de 260 km/h.

O acidente da passada semana com um veículo a alta velocidade na Segunda Circular, em Lisboa, provocando três vítimas mortais, trouxe de volta o tema da sinistralidade nas estradas nacionais e a necessidades de mais e melhores medidas integradas no Plano Estratégico Nacional de Segurança Rodoviária para 2020, que já prevê um reforço do número de radares nas vias de mais perigo. Além da expansão da rede de fiscalização da velocidade, o Executivo assumiu, no início do ano, que serão desenvolvidos, em estreita articulação com as autarquias locais, planos e intervenções de mobilidade e segurança nas infraestruturas rodoviárias. Nomeadamente com ações de formação e sensibilização para os perigos de uma utilização negligente do automóvel.

90% dos acidentes são mortais

O excesso de velocidade é a infração n.º1 nas estradas nacionais. Segundo as autoridades, continua mesmo a ser elemento chave em 30% dos acidentes em ambiente urbano. Quase sempre com consequências graves. E os dados oficiais não deixam dúvidas: a inconcebíveis 260 km/h, uma colisão provoca uma vítima mortal em 90% dos casos.

Qualquer imprevisto a 260 km/h é praticamente impossível de evitar devido ao chamado efeito de túnel, que reduz drasticamente o ângulo de visão de quem segue ao volante. Os estudos confirmam ainda que este fenómeno pode provocar uma sensação de enjoo, provocando a perda momentânea de referências.

Ao mesmo tempo, o condutor perde a capacidade para medir corretamente as distâncias, dificultando muito o tempo de reação a uma travagem de emergência. Sem esquecer que um automóvel que circula a uma velocidade de 260 km/h necessita de 332 metros para travar e só no curto espaço de tempo que demoramos para pisar o pedal do travão já percorremos 72 metros. Contas feitas, para imobilizar totalmente o veículo necessitaríamos de cerca de 400 metros, uma distância equivalente a quatro campos de futebol!

Tudo explicado ao detalhe no vídeo abaixo que é da Direção Geral de Trânsito em Espanha:

https://www.facebook.com/DGTes/videos/2803915843010810/