Pare com isto! Está a estragar o seu carro

03/07/2023

Cinco maus hábitos de condução que a longo prazo vão acelerar o desgaste do seu automóvel.

A longevidade do automóvel depende muito do cuidado com a manutenção, mas o estilo de condução também tem influência direta na forma como pode acelerar o seu desgaste. Há alguns maus hábitos de condução que, consciente ou inconscientemente, vai enraizando ao longo dos anos ao volante, e que tem de eliminar já, pois vai acabar por causar danos no carro a longo prazo.

Pé em repouso no pedal da embraiagem

Provavelmente, um dos vícios mais comuns de quem conduz automóveis com caixa manual: deixar o pé esquerdo ‘descansar’ no pedal de embraiagem. Problema: seja por descuido ou por uma questão de maior comodidade, este erro repetido sistematicamente vai acabar por acelerar o desgaste da mecânica. O pé em cima do pedal, mesmo que apenas levemente pousado, está a forçar o disco da embraiagem contra o prato e isto produz aquecimento e acaba por desgastar precocemente cada um dos elementos. Já reparou naquele pequeno degrau à esquerda da pedaleira do seu carro? Serve exatamente para descansar o pé. Use-o!

Em situações em que é necessário recorrer a reduções, também é prejudicial acionar a embraiagem sem antes pisar no travão. Essa prática provoca igualmente maior desgaste à transmissão e reduz a duração do disco em condições ótimas de funcionamento.

Conduzir com a mão pousada na alavanca da caixa de velocidades

Seja uma forma de descansar o braço do volante ou a solução para estar sempre pronto para realizar uma passagem de caixa, conduzir com a mão apoiada no seletor da transmissão também não traz saúde nenhuma à caixa: o esforço aplicado no seletor da alavanca pode resultar em desgaste prematuro deste componente. Além disso, é sempre obrigatório manter as duas mãos no volante para controlo mais contundente do veículo.

Ter o carro constantemente na reserva

Manter o carro constantemente na reserva é prejudicial para o motor, uma vez que pode estar a danificar a bomba de combustível do veículo e, também, a fazer o motor ‘sorver’ detritos que possam estar no fundo do depósito para o sistema de combustível.

Acelerar a frio e curtas viagens

Acelerar a fundo ou efetuar grandes arranques com menos de dez minutos de viagem é altamente prejudicial, na medida em que o motor ainda não está suficientemente quente, bem como todos os seus componentes e o óleo.

Quando o veículo está parado e no ralenti por um longo período de tempo, a mistura mais rica de combustível com o ar torna mais difícil que o mesmo evapore, acabando por ‘limpar’ o óleo lubrificante protetor dos cilindros, também ele mais evoluído e mais ‘fino’. Ou seja, a forma mais eficiente e correta de ‘aquecer’ um motor até ao seu registo térmico ideal é conduzindo-o para que mais depressa atinja a fase de mistura normal. Se vive no Norte do país ou em regiões de maior altitude, poderá ter de lidar com questões como gelo ou neve no para-brisas, pelo que convém limpá-lo previamente e não deixar o veículo estar mais do que 30 segundos ou um minuto parado.

Naturalmente, encetar uma condução acelerada logo desde o arranque também é contraproducente, pelo que o ideal é começar a conduzir de forma normal, evitando também os trajetos mais curtos, nos quais o motor não chega à temperatura ideal

Motor desligado depois do esforço

Os automóveis modernos com sistemas de sobrealimentação já dispões de tecnologia que garante o arrefecimento do sistema mesmo com o conjunto elétrico, nomeadamente a bomba elétrica de fluido de arrefecimento, que fica ativa para arrefecer óleo parado. Recurso que alguns modelos mais antigos dispensavam, originando situações em que aquele fluído lubrificante ficava a “fritar” no interior do turbo, depois de passarem por uma situação de carga elevada por muito tempo.

Ainda assim, de acordo com vários especialistas, independentemente da antiguidade do veículo, é recomendável, que se mantenha o motor acionado por alguns segundos em marcha lenta, antes de o desligar após estirada muito longa.