As viaturas comerciais são o local de trabalho onde os profissionais dos mais variados setores passam mais tempo, e atualmente os seus níveis de conforto e facilidade de utilização têm de ser tão bons quanto os dos automóveis particulares. Para além disso não são imunes à pressão para serem cada vez menos poluentes e adotarem novas fontes energéticas. Nesse sentido, todas as marcas introduziram atualizações estéticas e funcionais em todos os seus 12 modelos.
Muitas vieram diretamente dos automóveis como é o caso da Peugeot onde encontramos na sua gama de comerciais ligeiros os 100% elétricos Peugeot E-Partner, E-Expert e E-Boxer com a integração do i-Cockpit que inclui um ecrã de infoentretenimento tátil de 10 polegadas. Ou a Opel que adotou o sistema de iluminação Intelli-Lux LED Matrix Light para os renovados furgões Combo, Vivaro e Movano com um design atualizado e um habitáculo mais funcional.
Existem soluções transversais às marcas e modelos, como a doca para colocar o smartphone, os 21 Sistemas Avançados de Assistência ao Condutor (ADAS), ou o espelho retrovisor interior digital que utiliza uma câmara para mostrar o que se passa na traseira do veículo. Mas no Berlingo, a Citroên estreia os bancos Advanced Comfort, extensíveis ao resto da gama. Já na Fiat Professional, o destaque vai para a nova E-Ducato com bateria de 110 kWh, e autonomia até 420 km em ciclo WLTP. Continua a liderar o mercado das conversões para auto-caravanas e oferece a maior capacidade de carga do segmento, até 17 metros cúbicos. Ainda na Fiat, o modelo Scudo estreia a solução Magic Cargo, que permite aumentar a área de carga até 3,67 m na versão standard, até ao máximo de 4,02 m na versão Maxi.
As conversões para adaptação às necessidades do negócio do cliente representam 50% das vendas. São uma parte fundamental do negócio e a Stellantis quer que sejam cada vez mais feitas nas suas fábricas. Desta forma evita que o veículo tenha de ir para as instalações dos parceiros, poupando tempo precioso na entrega aos clientes.
No futuro, a faturação proveniente da digitalização com os serviços conectados será tão importante como a venda dos veículos. São esperadas receitas na ordem dos 5 mil milhões de euros com ferramentas de gestão de frotas como o “My Tasks”, que permite gerir em tempo real a atribuição de tarefas, e a atualização do estado entre o gestor de frotas e os condutores no terreno, através da unidade de infoentretenimento integrada no veículo.
Para a Stellantis, o Hidrogénio já não é um projeto, é uma realidade com a disponibilidade imediata da tecnologia de células de combustível de hidrogénio nos furgões de maiores dimensões, oferecendo autonomia até 500 quilómetros, demorando apenas cinco minutos para reabastecer.