FOTO IIVQ/Wikimedia Commons CC-BY-SA 3.0
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
O automobilista português típico tem-se sempre em boa conta quando se trata da sua própria condução. E não se trata de velocidade, quando se fala de segurança e cuidado, o “eu” é sempre mais cuidadoso e mais seguro que os outros. E a maior kryptonite para o condutor português típico, mesmo quando acha que é seguro e cuidadoso, continua a ser as rotundas.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Basicamente, há um comportamento nas rotundas do qual o automobilista português não se quer desfazer, que é percorrer uma rotunda com mais de uma faixa pelo lado de fora, mesmo que passe por três saídas. O comportamento correto para fazer uma rotunda é utilizar o lado de dentro, e apenas encostar à direita antes da sua saída. Se fizer a rotunda toda por fora, está a impedir alguém de sair.

Felizmente, existe uma alternativa, que foi inventada na Holanda nos anos 90, mas que teima em chegar a Portugal, apesar de haver planos para isso. Trata-se das turbo-rotundas, onde separadores colocados estrategicamente obrigam o condutor a colocar-se na faixa exata que necessitam de usar para irem para a saída pretendida. Idealizadas por Bertus Fortuijn, professor universitário holandês, já são mais de 300 nesse país.

Em 2012, foi anunciado o plano para construir uma rotunda, junto à estação ferroviária Coimbra-B, e a rotunda da Praça do Marquês de Pombal, em Lisboa, funciona mais ou menos (mas não totalmente) como uma. O problema é que estas rotundas necessitam de algum espaço para as várias faixas.