Baja Portalegre 500: Miguel Barbosa é campeão pela 8.ª vez

O primeiro dia da Baja Portalegre 500, cumprido sob chuva inclemente, que tornou a vida muito difícil aos concorrentes e à organização, ficou marcado pela conquista do oitavo título nacional de Miguel Barbosa.

Pedro Dias da Silva (Ford Ranger EXR 05) ocupa a vice-liderança e é o melhor português em prova após jornada atribulada.

O piloto da Toyota Hilux Overdrive sagrou-se campeão na sequência do cancelamento da Baja de Idanha-a-Nova: para conquistar o cetro foi suficiente iniciar a prova organizada pelo ACP.

O campeão ficou, no entanto, com um sabor amargo doce: foi obrigado a desistir, com problemas na direção assistida, antes do km 30 do setor cronometrado inicial.

De qualquer modo, sublinhou que «estou muito satisfeito pela conquista deste título no ano em que regressei ao todo-o-terreno. Trabalhámos ao longo de todo este ano atípico com esse objetivo e fomos recompensados», referiu Miguel Barbosa, que fez dupla com Pedro Velosa e concluíra o prólogo na 6.ª posição.

Pedro Dias da Silva é o melhor português e vice-líder absoluto

Nos 3,3 km do percurso desenhado na herdade das Coutadas, nos arredores de Portalegre, Vladimir Vasilyev (Mini), líder da Taça do Mundo FIA de Bajas, foi o mais rápido e Tiago Reis (Mitsubishi Racing Lancer) cotou-se como o melhor português, na 4.ª posição, a 5,8 segundos do piloto russo, seguido por Nuno Matos (Fiat Full Back Proto).

À tarde e sob chuva que não parou de cair, tornando os pisos do SS2 (75 km) particularmente lamacentos e traiçoeiros, o belga Gillaume de Mévius (Can Am Maverik) assinou a surpresa: venceu o setor e guindou-se à liderença com 2m 58s de vantagem em relação a Pedro Dias da Silva (Ford Ranger EXR05 Proto).

O piloto de Tomar que «foi bastante difícil. Havia bastante água em todo o percurso», referiu.

O holandês Ten Brinke (Toyota) não escapou ás dificuldade e apanhou mesmo um susto, quando a Hilux ficou imobilizada na travessia de uma ribeira. «A água cobriu o capot e o motor sobreaqueceu. Tive de parar cerca de dois minutos e meio», referiu o 3.º classificado.

Dificuldades semelhantes enfrentaram Alejandro Martins (Mini JCW), o segundo classificado entre os concorrentes do CPTT/AM 48 — «perdemos tempo na passagem da ribeira» — e Ricardo Porém. O piloto leiriense teve problemas como seletor da caixa de velocidades do Borgaward e confessou: «nunca vi tanta água. ´Foi uma vitória gter chegado ao final do setor», confessou o 6.ª classificado.

Na 7.ª posição, Vasilyev acumulou uma desvantagem de 4m 24s para o líder.

Ribeira assume protagonismo

A travessia de uma ribeira, cujo caudal aumentou com as recentes chuvadas constituiu obstáculo intransponível para alguns concorrentes, nomeadamente Tiago Reis e Nuno Matos, cujos carros ficaram imobilizados.

Apenas nove concorrentes cumpriram a totalidade do setor, tendo sido atribuído o mesmo tempo do mais lento – Laurent Poletti – a todos os restantes concorrentes.

Entretanto, a direção de prova ordenou aos demais concorrentes que efetuassem, em ligação, o percurso até ao parque de assistência, seguindo pelo itinerário alternativo.

Apenas nove concorrentes, incluindo o referido trio de portugueses, concluíram o setor cronometrado, tenho tendo sido atribuído o mesmo tempo do mais lento – Laurent Poletti – a todos os restantes concorrentes.

Hoje, os concorrentes têm pela frente dois setores cronometrados, com 164 e 178 km, respetivamente.

Classificação

1.º Gillaume de Mévius/M. Wyadaeghe (Can Am Maverick),

2.º Pedro Dias da Silva/José Janela (Ford ranger EXR05), a 3.03 minutos

3.º Ten Brinke/Tom Colsoul (Toyota Hilux Overdrive), a 3.03 minutos

4.º Aron Domzala/Marciel Marton (Can Am Maverick), a 3.47 minutos

5.º Alejandro Martins/José Marques (Mini JCW), a 4.12 minutos

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http://cptt.cronobandeira.com/