A chuva e o nevoeiro na derradeira passagem pela classificativa Cidade de Santana provocaram alterações significativas na frente da classificação, favorecendo os pilotos que optaram por pneus de mistura de borracha média, nomeadamente Bruno Magalhães e Armindo Araújo.
No entanto, em Boaventura-2, já com o piso molhado, José Pedro Fontes foi o mais rápido e quebrou a supremacia dos pilotos madeirenses dos Skoda Fabia, pois Miguel Nunes e Alexandre Camacho tinham até então repartido os triunfos, com três vitórias cada.
Surpreendido pela chuva, Alexandre Camacho, líder desde a 3.ª especial, acabou por descer para a vice-liderança, consequência de uma toada mais defensiva face às condições meteorológicas.
Com uma afinação do Hyundai i20 para piso seco, Bruno Magalhães foi procedendo a sucessivas alterações e acabou por retirar os melhores dividendos, graças aos pneus de mistura intermédia.
José Pedro Fontes acabou pero suplantar Miguel Nunes, que perdeu 34,3 segundos nos 10,84 km de Cidade de Santana, descendo para 5.ª posição.No entanto, o piloto madeirense poderá ver atenuada diferença para o líder, caso seja favorável a decisão do Colégio de Comissários Desportivos, na sequência do despiste do espanhol Alejandro Cachón (Citroën C3) em Palheiro Ferreiro-2. O piloto madeirense abrandou e poderá ser ressarcido da dezena de segundos que terá perdido.
Com uma atuação marcada pela regularidade sem problemas, Armindo Araújo (Skoda Fabia) ascendeu à 4.ª posição da geral e ao 3.º lugar em termos de Campeonato de Portugal, a 8,6 segundos do último lugar do pódio.
Alexandre Camacho ‘penalizado’
A etapa ficou, no entanto, marcada pelo acidente do espanhol Alejandro Cachón em Palheiro Ferreiro-2, gerador de acesa controvérsia: o Citroën C3 ficou a obstruir parcialmente a estrada, mas nem piloto, nem navegador mostraram as placas de SOS ou de OK!. Migue Nuns abrandou, tal como todos os restantes pilotos, à exceção de Alexandre Camacho, que manteve o andamento e venceu a classificativa.
A dupla espanhola foi multada por não ter exibido qualquer das placas — SOS ou Ok! — e a decisão, após ter sido anunciada verbalmente aos pilotos, vai ser comunicada em termos oficiais durante o último dia de prova.
Em caso de apelo da decisão que penalizou Alexandre Camacho, será o tribunal da FIA a decidir.
Para a derradeira etapa, continua tudo em aberto: os pilotos madeirenses, os grandes protagonistas da 1.ª etapa, vão, certamente, tentar contra-atacar. O duelo entre Alexandre Camacho e Bruno Magalhães antevê-se renhido pela conquista do inédito 5.º triunfo neste rali,
O programa da derradeira etapa inclui oito classificativas – dupla passagem por Câmara de Lobos, Ponta do Sol, Ponta do Pargo e Rosário – num total de 78,92 km ao cronómetro.
1.º Bruno Magalhães/Carlos Magalhães (Hyundai i20), 1.08.13,9 horas
2.º Alexandre Camacho/Pedro Calado (Skoda Fabia), a 19,3 segundos
3.º José Pedro Fontes/Inês Ponte (Citroën C3=, a 24,8 segundos
4.º Armindo Araújo/Luís Ramalho (Skoda Fabia), a 33,4 segundos
6.º Bernardo Sousa/Vítor Calado (Citroen C3), a 1.04,5 minutos
7.º Ricardo Teodósio/José Teixeira (Hyundai i20), a 1.40,5 minutos
8.º Miguel Correia/Jorge Carvalho (Skoda Fabia), a 1.57,9 minutos
9.º Pedro Meireles/Pedro Alves (Hyundai i20), a 2.12,6 minutos
10.º Simone Campedelli/Tania Canton (Citroën C3), a 2.53,3 minutos