O Circuito Vasco Sameiro, em Braga, voltou a receber as principais competições nacionais de Velocidade, num fim de semana de temperaturas elevadas e corridas intensas.
No Open de Portugal de Velocidade by Michelin, Pedro Salvador (Porsche 911 GT3) subiu ao lugar mais alto do pódio nas três corridas, batendo os Porsche 911 das duplas Bruno Pires/Fábio Mota e Pedro Marreiros/Paulo Pinheiro nas duas primeiras. Depois, na terceira e mais extensa (45 minutos) corrida, deixou Francisco Mora (Cupra TCR) em segundo e a dupla Marreiros/Pinheiro no terceiro lugar do pódio.

As corridas para os Clássicos e Clássicos 1300, tal como as corridas para os Legends, foram marcadas pela emoção e por resultados inesperados. Com tantos carros em pista, surgiram alguns desentendimentos e um deles acabou por ter reflexos na classificação final da última corrida dos Clássicos e Clássicos 1300: João Macedo Silva comandava a prova com o seu lindíssimo Porsche 911 RSR e quando se preparava para ultrapassar Carlos Cruz, o piloto do Datsun 1200 verde não se apercebeu do 911 laranja e os dois acabaram por embater, fazendo Macedo Silva perder a oportunidade de “limpar” o fim de semana. Um incidente de corrida do qual Carlos Cruz, na sua habitual cordialidade, se responsabilizou. Coisas que são normais numa corrida de clássicos… ou seja, uma corrida á antiga!

Joaquim Jorge, ao volante do muito bem preparado Ford Escort RS, não desprezou a oportunidade e venceu esta segunda corrida dos Clássicos onde teve uma intensa luta com Rui Alves também ele em Ford Escort com João Macedo Silva a conseguir “salvar” o terceiro lugar final. A categoria 1300 conheceu menos animação por culpa de um Luís Alegria que esteve imparável com o seu Datsun 1200 já vencedor da primeira corrida.

E nessa primeira manga do Braga ANPAC Racing Weekend dedicada aos Clássicos e Clássicos 1300, João Macedo Silva conseguiu a vitória no regresso do Porsche 911 RSR às pistas após a passagem pelo Autódromo Internacional do Algarve, palco da primeira jornada da competição. Uma passagem que foi atribulada pelos problemas de motor do carro alemão, totalmente debelados antes da chegada a Braga.

Assim, com o seis cilindros “boxer” a cantar a plenos pulmões – e que lindo é o barulho do motor, parede um tenor! – João Macedo Silva encontrou o caminho da vitória, embora Joaquim Jorge e Rui Costa tenham retirado tudo e mais alguma coisa que houvesse nos motores dos seus Ford Escort RS para manterem a pressão sobre o mais poderoso Porsche. Macedo Silva não cedeu, o 911 RSR também não, e o comando não mudou de mãos. Não deixando o piloto nortenho de protagonizar um momento bizarro já depois de terminada a corrida, fazendo um pião em cima de óleo espalhado na pista. Acontece!

Um dos protagonistas da primeira jornada dupla do Campeonato de Portugal de Clássicos e Clássicos 1300, Carlos Vieira, não esteve nos seus dias. Aliás, o Ford Escort RS1600 é que não esteve nos seus dias e mais parecia um homem na andropausa, tantos foram os problemas que provocou, nomeadamente, de embraiagem.

Perdendo lugares no arranque e com uma caixa recalcitrante, Carlos Vieira escalou até ao segundo lugar, fez a volta mais rápida e desentendeu-se com Rui Costa. Um ligeiro toque partiu a direção do Escort, mas o abandono era inevitável pois a caixa de velocidade já tinha entregue a alma ao criador. Este abandono depois de tantos problemas foi o passaporte para arrumar a trouxa e zarpar sem participar na segunda manga.

Contas feitas á primeira corrida dos Clássicos e Clássicos 1300, nas diversas classes, para além da vitória de Luís Alegria nos Clássicos 1300 e de João Macedo Silva nos Clássicos, o piloto do Porsche 911 RSR venceu a categoria H75, António Soares (Ford Escort RS MKI) foi o melhor no GR.5, Jorge Cruz (BMW 323i) venceu nos H81, João Peixoto (Mini Cooper S) liderou os H71 e Carlos Barbot (Lotus Elan 26R) foi o melhor nos H71-T1600.

Já na segunda corrida, nas diversas classes, para além da vitória de Luís Alegria nos Clássicos 1300 e de Joaquim Jorge nos Clássicos, o piloto do Ford Escort RS venceu a categoria H75, Rui Azevedo (Ford Escort RS) foi o melhor no GR.5, Jorge Cruz (BMW 323i) venceu nos H81, Mota Freitas (Mini Cooper S) liderou os H71.

Legends com domínio de Paulo Sousa

Nos Legends, as mecânicas foram decisivas para a escolha dos vencedores. Na primeira corrida, Manuel Fernandes repetia o domínio exercido no Algarve quando o BMW 320d começou a dar sinais de cansaço e decidiu começar a aquecer. O piloto de Vila Real quis preservar a mecânica e reduziu o andamento o que deixou via aberta para o BMW M3 E30 de Paulo Sousa que viu recompensado o seu trabalho de pressão sobre Manuel Fernandes. Ganha a prova de abertura do ANPAC Racing Weekend, acreditava-se que a segunda manga seria ainda mais disputada, até porque poderiam surgir mazelas no motor do carro que seria, agora, pilotado por Hugo Mestre.

Os prognósticos cumpriram-se na totalidade: o BMW 320d ficou magoado depois da primeira corrida e apesar de ter permitido que Hugo fosse o Mestre da corrida até cinco voltas do final, voltou a amuar e Paulo Sousa – que fechou a primeira volta na frente – sorriu ao ver a passadeira vermelha a desenrolar-se rumo à segunda vitória do dia.

Porém, os deuses das corridas estavam endiabrados e de uma forma também ela muito clássica, intrometeram-se e numa última volta absolutamente inglória para Paulo Sousa, o seu BMW decidiu que não andava mais e entregou de bandeja a vitória, a Hugo Mestre que fez uma excelente corrida a mimar o azougado motor do BMW 320d.

A história poderia acabar aqui…, mas lá está, os deuses do automobilismo estavam, mesmo, descontrolados e a vitória acabou, mesmo, no colo de Paulo Sousa. Como?! Houve um equívoco, daqueles que podem acontecer a todos nós, e os pilotos dos Legends fizeram 17 voltas ao invés das 16 que os 25 minutos de prova permitiram. Como é que isto foi possível? Os organizadores entenderam que a duração da prova seria 25 minutos mais uma volta, o que não correspondia á verdade.

Assim, apesar do abandono na volta que não contou, Paulo Sousa passou em primeiro no final da 16ª volta e, por isso, foi o vencedor “limpando” o fim de semana com o seu BMW E30. No segundo lugar ficou Hugo Mestre, a mesma classificação obtida por Manuel Fernandes na primeira corrida.

Contas feitas às categorias da primeira corrida, Paulo Sousa (BMW M3 E30) venceu a Livre, enquanto António Barros (BMW M3) ganhou entre os L99. Nos L99-2000, o melhor foi Tiago Ribeiro (Honda Integra Type R), nos L90 ganhou Rui Garcia (BMW M3), enquanto que nos L90-1300 e L90-2000, foram Nelson Silva (Peugeot 205 Rallye) e Hugo Branquinho (Honda Civic), respetivamente, a vencer. Finalmente, o BMW 635 CSI de Pedro Oliveira ganhou nos L85, enquanto nos Feup 2 e 3, primeiro lugar, respetivamente, para Rui Silva (Fiat Punto) e Gustavo Moura Jr. (Alfa Romeo 156).

Na segunda corrida, Paulo Sousa (BMW M3 E30) venceu na Livre, enquanto António Barros (BMW M3) ganhou entre os L99. Nos L99-2000, o melhor foi Tiago Ribeiro (Honda Integra Type R), nos L90 ganhou Rui Garcia (BMW M3), enquanto que nos L90-1300 e L90-2000, foram Nelson Silva (Peugeot 205 Rallye) e Hugo Branquinho (Honda Civic), respetivamente, a vencer. Finalmente, o BMW 635 CSI de Pedro Oliveira ganhou nos L85, enquanto nos Feup 2 e 3, primeiro lugar, respetivamente, para João Sousa (Fiat Punto) e Gustavo Moura Jr. (Alfa Romeo 156).

Novos protagonistas nos Picanto e Ceed do Kia GT Cup

O segundo e derradeiro dia de competição do Kia GT Cup no Braga Racing Weekend confirmou o que todos desejavam: os juniores da família Picanto continuam a evoluir a olhos vistos, a categoria Club tem encaminhado mais pilotos para a ribalta e os novos Ceed, conduzidos por verdadeiros maestros do volante, vieram trazer ainda mais emoção e competitividade ao Troféu monomarca promovido pela Kia Portugal e a CRM Motorsport.

CORRIDA 1

Apesar da hora matutina em que se realizou a primeira corrida de Domingo, os pilotos tiveram que lutar novamente contra o forte calor que se abateu sobre o Circuito Vasco Sameiro nesta visita do Kia GT Cup ao município de Braga.

Num traçado difícil de se efetuarem ultrapassagens, a posição de partida obtida na qualificação, aliada ao arranque, seriam ainda mais determinantes para os festejos de um bom resultado. E foi esse, precisamente, o pensamento de Rafael Lobato, que saltou imediatamente para o 2º posto antes da travagem para a curva 1 quando as luzes se desligaram, dando assim início à corrida.

Enquanto o piloto da Speedy Motorsport ganhava uma posição que viria a ser fulcral para o desfecho desta primeira contenda, José Carlos Pires (CRM Motorsport) caía de 2º para 4º no arranque, deixando-se igualmente ultrapassar por Manuel Gião (Bastos Sport) e hipotecando, assim, as suas hipóteses de chegar ao pódio. Atrás de Pires seguiam o jovem Alex Areia e o convidado da Kia Portugal, Pedro Silva (CRM Motorsport).

Apesar da forte réplica dada por todos os pilotos, as posições da categoria Pro mantiveram-se inalteradas até aos minutos finais da corrida — momento em que Rafael Lobato, que vinha a pressionar fortemente Francisco Carvalho, aproveitou um erro do adversário da Veloso Motorsport para passar para o comando e celebrar, assim, o seu 1º triunfo no Kia Ceed GT Cup. Simultaneamente, o piloto de Trás-os-Montes inscrevia também o seu nome como o primeiro vencedor da história da competição!

Num grande gesto de fair-play, Francisco Carvalho, que realizou a volta mais rápida da corrida, reconheceu o mérito do seu adversário na cerimónia do pódio, ao mesmo tempo em que se mostrava confiante para a segunda corrida do fim-de-semana. Se Manuel Gião lamentou o tempo perdido na ultrapassagem a alguns concorrentes mais lentos, José Carlos Pires lastimou o mau arranque — situação que lhe trouxe, inclusive, a pressão acrescida de Alex Areia, que realizou uma corrida sempre em crescendo e concluiu os 20 minutos de prova colado à traseira do adversário.

JUNIORES COM GARRA

Partindo da primeira posição da grelha entre os Picanto, João Aguiar-Branco deixou-se ultrapassar pelo experiente Pedro Alves (Pedro Alves Racing) no arranque, mas de forma inteligente optou por retirar-se da luta contra o piloto vila-realense, uma vez que ambos disputam categorias distintas no Troféu Kia Picanto GT.

A partir daí, o piloto da Speedy Motorsport limitou-se a controlar a distância que o separava para o seu maior opositor, José Bastos (BCM Sports), que segurou o 2º lugar entre os juniores à frente de Orlando Batina (Bastos Sport). Atrás deste trio concluíram a prova Pedro Pinto (Be Fast Motorsport), que travou uma batalha muito interessante com o endiabrado Luís Maria Lisboa (Team Nuoorte), autor de uma grande recuperação nos momentos iniciais da corrida. Seguiram-se na classificação Manuel Alves (Veloso Motorsport), o regressado David Matos Chaves (Team Nuoorte) e o jovem Lourenço Monteiro (Speedy Motorsport).

Após celebrar o segundo triunfo da carreira na competição e a forma categórica como lhe foi parar às mãos, o sorriso de João Aguiar-Branco era indisfarçável, tal como a confiança em replicar o resultado na segunda corrida.

CLUB COM PÓDIO SURPREENDENTE

Aproveitando a excelente posição de partida e o distanciamento para o seu principal adversário, Pedro Alves (Pedro Alves Racing) teve uma corrida relativamente solitária na categoria Club. O atual campeão em título geriu o andamento e recebeu a bandeirada de xadrez à frente de Gonçalo Inácio (Martinho Sport), ainda à procura do melhor acerto para o Picanto #45 apoiado pela Hama, e do regressado Francisco Marrão (CRM Motorsport), entusiasmado com este resultado e a sua prestação ao longo do fim-de-semana.

Ao volante do Picanto #13, Marrão travou uma luta muito interessante com Pompeu Simões (Speedy Motorsport), que não subiu ao pódio pela margem mínima, e logo atrás também Tiago Madeira (Red Reaper Motorsport) teve uma corrida muito animada contra Paulo Gonçalves Duarte (Duarte Advogados). Concluíram a classificação Piero Dal Maso (Garagem João Gomes) e os rookies Vítor Fernandes (CRM Motorsport) e Luís Lourenço (CRM Motorsport).

CORRIDA 2

Com os pilotos mais entrosados com os carros e a pista, a segunda corrida do fim-de-semana arrancou novamente com os pilotos Ceed na liderança. A partir da pole, José Carlos Pires segurou atrás de si um rapidíssimo Manuel Gião, que por sua vez tentava suster ao máximo os ataques de Rafael Lobato. Este tinha já ultrapassado Francisco Carvalho, que agora era forçado a suportar a pressão aplicada por Alex Areia. O segundo convidado da Kia Portugal, Luís Lisboa, seguia logo atrás deste grupo.

No entanto, e apesar dos melhores esforços de Pires, Rafael Lobato tinha entrado para esta derradeira contenda com um único objetivo: vencer. Seguiu no encalce de Manuel Gião até conseguir passar para a frente do piloto apoiado pela Univex e depois não descansou até fazer o mesmo com Pires, que sentiu dificuldades em se adaptar ao comportamento do carro a partir do momento em que os pneus perderam eficácia.

A seis minutos do fim da prova, o piloto da Speedy Motorsport (Lobato) passava para o comando para nunca mais o largar, festejando assim uma saborosa dobradinha, a que juntou, ainda, a volta mais rápida desta corrida. José Carlos Pires foi 2º e Manuel Gião 3º, à frente de Francisco Carvalho e de Alex Areia, e Luís Lisboa fechou a classificação elogiando o “motor fabuloso” do Kia Ceed GT e “contente por ter sido mais rápido do que o meu colega de equipa”, disse, em tom de brincadeira.

Na categoria Júnior, João Aguiar-Branco voltou a dar provas da sua enorme rapidez nesta ronda bracarense. Às duas pole-positions, juntou as duas voltas mais rápidas da classe e dois saborosos triunfos, o último deles, à geral, e à frente da referência Pedro Alves. Um grand-slam que certamente ficará na sua memória e que teve muito mérito na partida, onde aproveitou o mau arranque do companheiro da primeira fila (Alves) para passar para o comando entre os Kia Picanto.

Novamente no segundo lugar entre os juniores, José Bastos sai muito satisfeito com a pontuação conjunta obtida neste fim-de-semana, enquanto Luís Maria Lisboa envolveu-se em lutas muito interessantes para chegar ao derradeiro lugar do pódio — um merecido prémio após duas sessões de qualificação em que registou problemas com o transponder do seu carro.

Atrás deste trio, concluiu a prova um grupo liderado por Orlando Batina, que também somou pontos importantes para o seu campeonato nesta segunda ronda do Kia GT Cup, e ainda Pedro Pinto, Lourenço Monteiro e David Matos Chaves. Envolvido numa batalha entusiasmante com Luís Maria Lisboa, o jovem Manuel Alves acabou por desistir quando seguia nos lugares da frente da sua classe.

Já entre os Club, o triunfo voltou a sorrir a Pedro Alves, que ainda teve de se desenvencilhar de alguns concorrentes da Júnior após uma má partida. O piloto vila-realense terminou à frente de Gonçalo Inácio, que não encontrou forma de se sentir confortável com o set-up do carro, e do rookie Pompeu Simões — que festejou, assim, o primeiro pódio da sua carreira.

Seguiram-se Paulo Gonçalves Duarte e José Carvalhosa, que desta forma fecharam o top 5, e ainda Miguel Martins, Manuel Moura Teixeira e Paulo Gaspar.

Para João Seabra, a segunda prova do Kia GT Cup foi “um sucesso em toda a linha”:

“A estreia oficial do Kia Ceed GT não poderia ter corrido melhor. É comprovadamente um produto fiável e muito competitivo, que nos trouxe duas corridas muito emotivas graças, também, à qualidade dos pilotos que o conduzem. Parabéns ao Rafael Lobato pelos triunfos obtidos e por ter inscrito o seu nome na história da competição”, começou por dizer o Diretor-Geral da Kia Portugal.

“Já nos Picanto tivemos um Júnior que, após dois anos de maturação, começa agora a colher os frutos do seu processo de aprendizagem, e que é o João Aguiar-Branco; ao passo que o Pedro Alves continua a provar todo o seu talento na categoria Club”, concluiu.

Também Tiago Raposo Magalhães saiu do Circuito Vasco Sameiro extremamente satisfeito com o que viu:

“Penso que foi um fim-de-semana extremamente positivo. Os pilotos da categoria Pro adoraram o comportamento e desempenho do Kia Ceed, validando as opções tomadas pela comissão técnica do Troféu, e no Kia Picanto GT Cup tivemos quatro histórias de sucesso com o regresso de sonho do Francisco Marrão, o primeiro pódio do Pompeu Simões e a dobradinha do João Aguiar-Branco e do Pedro Alves. Tudo sem esquecer, naturalmente, os dois triunfos do Rafael Lobato ao volante do novo Ceed”.

“Nota ainda para os cinco estreantes que recebemos na nossa família durante esta segunda ronda do Kia GT Cup e que já não conseguem viver sem a dose de picante que receberam em Braga ao longo deste fim-de-semana”, reforçou o CEO da CRM Motorsport.

Concluída esta passagem pelo Braga Racing Weekend, as emoções do Kia GT Cup regressam de 20 a 22 de Novembro, para a terceira ronda da competição, no Circuito do Estoril.

Pelotão do Group 1 Portugal mostrou competitividade

Para a segunda ronda da competição do Group 1 Portugal, o pelotão também rumou ao norte de Portugal para colocar à prova os dotes de condução de todos os pilotos no exigente traçado bracarense.

Corrida 1

Com o melhor crono na qualificação 1, o Ford Escort RS 2000 de Paulo Vieira saiu na frente do pelotão durante a partida lançada e manteve a liderança face ao potente Jaguar. Tudo parecia correr de feição ao piloto do Escort, mas um problema de transmissão logo na segunda volta, fez com que desistisse e deixasse o elegante Jaguar de André Castro Pinheiro na frente da corrida. José Basso, que saía da terceira posição, também desistia igualmente com um problema de transmissão e deixava o Ford Capri MKIII V6 de António Fresco no segundo lugar da geral e também em segundo da H81-Max. Logo atrás vinha um auspicioso Nuno Breda, em BMW 1600 Ti, que entretanto já era o terceiro mais rápido em pista e liderava a categoria dos H71-1600, com o jovem estreante no Grupo 1, João Matos, da H81-1600 em VW Golf GTi colado e a dar uma bela luta entre os dois estreantes, até o Golf não querer colaborar mais e obrigar João Matos a dirigir-se às boxes para não mais regressar à pista. João M. Ribeiro, em Alfa Giulia também seguia muito perto destes dois e ficou com o caminho aberto para perseguir o BMW de Nuno Breda, já que é esse o seu principal opositor.

José Carvalhosa vinha mais atrás no seu Porsche 924 Turbo da categoria H81-Max e era perseguido por Rui Carvalho, em Porsche 924, este último com uma excelente prova que acabou por ultrapassar José Carvalhosa, que se debatia com algumas dificuldades com o seu modelo alemão e conseguiu a sua primeira vitória na categoria H81-2000.

Seguiam-se o Autobianchi A122 Abarth de Abel Marques, dono e senhor na categoria 1052 que lutava com o Datsun 1200 da Production Cup de um Pedro Reis endiabrado, que ganhou logo vantagem nas primeiras voltas face aos seus principais opositores e ainda travou uma bonita luta com Abel Marques. Só que Abel Marques conseguiu impor o pequeno Autobianchi e embora deixasse Pedro Reis para trás, Pedro Reis mantinha a liderança da Production Cup. Enquanto isso, Tomás Pinto Abreu, que tinha realizado o segundo tempo na qualificação entre os Datsun ex-Troféu, debateu-se com um problema técnico no seu carro e entrou em prova quando já decorriam duas voltas, aproveitando para ganhar mais alguma experiência uma vez que já não poderia almejar alcançar um resultado mais ambicioso. O que foi pena, pois na Production Cup formou-se uma luta animada, entre um surpreendente espanhol Guillermo Velasco, António Lopes e Rui Castro, sendo mais um ponto de animação da corrida.

Na frente, André Castro Pinheiro no potente Jaguar XJS V12 acabou por ser o vencedor desta primeira corrida do fim-de-semana, ganhando também a categoria H81-Max, seguido pelo Ford Carpi MKIII V6 de António Fresco no segundo lugar da H81-Max e com Nuno Breda, em BMW 1600 Ti no terceiro lugar, este que foi também o justo vencedor da categoria H71-1600. João M. Ribeiro foi o quarto, muito próximo do seu rival Nuno Breda, acabando por ser o segundo da H71-1600 e em quinto terminou Rui Carvalho, vencedor da H81-2000. No sexto lugar, José Carvalhosa foi o terceiro da H81-Max e em sétimo, Abel Marques, em Autobianchi A112 Abarth, venceu a categoria 1052. Na Production Cup, Pedro Reis esteve imparável e foi o vencedor destacado, mas cá atrás, António Lopes, Guillermo Velasco e Rui Castro travavam uma luta intensa pelos lugares restantes do pódio até à última volta, com Antonio Lopes a passar o Espanhol a apenas duas curvas do fim, acabando o trio por terminar nesta sequência. No quarto lugar terminou um esforçado Rui Castro com a caixa a não colaborar enquanto que Tomás Pinto Abreu conseguiu levar o seu Datsun 1200 até ao quinto lugar, depois de ter trocado o motor, somando pontos para a competição.

Corrida 2

Para a segunda corrida do escaldante domingo bracarense, o rapidíssimo Ricardo Pereira em Ford Escort RS 2000 tinha a Pole Position conquistada no dia anterior e no arranque tomou de imediato a dianteira com o outro Ford Escort RS 2000, de Paulo Vieira a ter de lutar pela segunda posição com André Castro Pinheiro e o seu Jaguar XJS. Manuel Cabral Menezes, em Golf GTi, era o quarto, com Nuno Breda no seu BMW 1600 Ti a pressionar. Piero Dal Maso fazia uma boa recuperação no início da corrida com o seu Porsche 924 Turbo e da 11ª posição, saltou para o sexto lugar para ocupar a segunda posição dos H81-Max, mas sem se livrar de Rui Carvalho que, em Porsche 924, o terceiro da categoria H81-2000, que se mantinha colado. Em oitavo vinha agora José Fresco no estrondoso Ford Carpi MKIII V6, mas que acabava por desistir também com um problema de transmissão. Isto fez com que Sérgio Monteiro, em Autobianchi A112 Abarth, tenha ocupado por alguns momentos um fantástico oitavo posto, até ser ultrapassado por João M. Ribeiro, que se atrasou no início e vinha agora a recuperar lugares. No Production Cup, Francisco Freitas era o líder dos Datsun 1200 e controlava Tomás Pinto Abreu no segundo lugar. Logo atrás é que a acção estava tão quente como o clima em Braga, com Paulo Costa e João Faria numa acesa disputa que levariam até final pelo último lugar do pódio. José Arantes era o bravo dos Datsun que faltava por se ter atrasado no início da prova por largado das boxes, pelo que seguia um pouco mais atrás.

Ricardo Pereira, no seu Ford Escort RS 2000, acabou por controlar da melhor forma os segundos que conquistou no início da corrida para o levar ao lugar mais alto do pódio da segunda corrida do fim-de-semana e ser também o vencedor da categoria H81-2000. Paulo Vieira foi segundo, em Ford Escort idêntico e nesta categoria H81-2000, o terceiro lugar foi para Rui Carvalho, em Porsche 924. Terceiro a cortar a meta, André Castro Pinheiro levou o gigante Jaguar XJS ao primeiro lugar da H81-Max, ficando Piero Dal Maso, o quinto a passar a linha de meta, com o segundo posto desta categoria. Nuno Breda voltou a surpreender pela positiva ao ser o quarto a cortar a meta, vencendo a categoria H71-1600, com o seu mais direto rival, João M. Ribeiro no seu elegante Alfa Romeo Giulia Super 1.6, a ficar em segundo desta categoria. Sérgio Monteiro levou o pequeno Autobianchi A112 Abarth a vencer a categoria 1052, enquanto que Manuel Cabral Menezes, no seu Golf GTi, depois de ter sido forçado a visitar as boxes, limitou-se a levar o seu carro até ao final da prova. O vencedor da segunda corrida da Production Cup foi Francisco Freitas, que fez uma prova isenta de erros e deixou o segundo lugar para Tomás Pinto Abreu, que encontrou finalmente o seu ritmo para registar um bom resultado. Na luta pelo último lugar do pódio e depois de muita luta em pista foi José Arantes quem conseguiu recuperar do atraso inicial e garantir o podium a 3 voltas do fim. Já Paulo Costa e João Faria tiveram a melhor luta entre os Datsun trocando 4 vezes de posição em 12 voltas com Paulo Costa a levar a melhor na última volta e a garantir a quarta posição.

O Group 1 Portugal regressa aos circuitos a 17 e 18 de Outubro, para o evento internacional que se realiza em Jerez de La Frontera, Para Diogo Ferrão, “a vinda a Braga é sempre uma prova cheia de tradição e os pilotos acabam sempre por gostar de visitar um traçado mais curto e encadeado do que estão habituados. Esperávamos uma grelha mais composta, mas só tenho que agradecer a todos os pilotos e equipas presentes e fico contente por ver que há novos pilotos a dinamizarem um grupo cheio de pessoas com boa disposição a desfrutarem da sua paixão pelo desporto motorizado e pelos clássicos de competição.”