O êxito alcançado levou a organização, a cargo do Município local e do Clube Escape Livre, a pensar já na reedição deste evento, o maior de sempre, em termos de desportos motorizados, realizados na cidade mais alta de Portugal.
Para Carlos Chaves Monteiro, presidente da Edilidade local, «era algo que a Guarda já precisava para animar a cidade e com o Clube Escape Livre conseguimos esse objetivo. Acredito que lançámos a semente de um grande evento desportivo para a Guarda e queremos que no futuro o continue a ser, se torne ainda mais abrangente».
O pentacampeão nacional de ralis, Armindo Araújo referiu que «foi, sem dúvida, uma enorme festa do automobilismo». Para o piloto de Santo Tirso, «juntar vários campeões nacionais de diferentes disciplinas só podia ser um sucesso. O traçado apresentado pelo Clube Escape Livre era muito interessante e um excelente desafio para pilotos, carros e público».
Estreante ao volante de um CAN AM X3, Armindo Araújo sublinhou que «o SSV é muito diferente de um carro de rali, mas adaptei-me rapidamente e consegui ser sempre o mais rápido».
Em pista, competiram três carros de cada vez, com ordem de partida de alguns segundos de diferença, criando uma aliciante dinâmica de perseguição, adrenalina e espetáculo para público e pilotos.
A velocidade e a cronometragem contaram para estabelecer classificações, mas foram as manobras dos diferentes tipos de veículos nos saltos e nos ganchos, o potente som dos motores a fazer o público vibrar.
Destacaram-se, entre outros, a potência do barulhento do Mitsubishi Evo de Manuel Correia, a levantar nuvens de poeira, ou o Renault 4L de Pinto dos Santos e Nuno Rodrigues da Silva, que chegou a curvar em duas rodas.
De assinalar a estreia do Mini CaTTiva Rally Raid de Rui Sousa, que na manga final acabou por capotar, e o facto do piloto começar na Guarda as suas comemorações de 25 anos de carreira em equipa com Carlos Silva, e a primeira participação do atual campeão nacional de ralis Armindo Araújo, a conduzir um SSV.
«O SSV é muito diferente de um carro de rali, mas adaptei-me rapidamente e consegui ser sempre o mais rápido», sublinhou o atual campeão nacional de ralis.

Pedro Mello Breyner alinhou com o Yamanha em que participou no DakarA importância e o desafio desta prova podem ser confirmados pelo facto de atuais e antigos campeões nacionais terem marcado presença na foto de família, em que não compareceram José Cruz, Hugo Lopes e José Gomes.
Alexandre Borges sagrou-se vencedor absoluto
Após as duas mangas competitivas, a organização reuniu os melhores pilotos de cada categoria para um par de eliminatórias e uma finalíssima.
Valorizar ainda mais o espetáculo foi o objetivo, de resto, plenamente alcançado.
Na 2.ª meia-final, alinharam os vencedores das categorias Todo Terreno e SSV, ou seja, Manuel Correia (Mitsubishi Evo), e Armindo Araújo (Can-Am), que acabou por sentir problemas de direção a meio do traçado, acabando por abandonar a prova. Manuel Correia conseguiu 3:04.188 minutos.
A finalíssima teve como protagonistas Manuel Correia e Alexandre Borges. À primeira vista, uma luta inglória para o pesado e potente Mitsubishi, mas equilibrada e justa do ponto de vista de espetáculo.
O público acorreu em grande número para ver em ação figuras de primeiro plano do desporto automóvel nacional.
Com a experiência adquirida ao longo desta edição pioneira, tudo aponta para que o Guarda Racing Days se afirme em pleno, no panorama dos desportos motorizados.