O ato eleitoral está agendado para 12 de maio, com a lista de órgãos da direção agora apresentada por Ni Amorim alvo de uma remodelação face ao núcleo que havia sido eleito em junho de 2017, com a entrada de três novos membros e o propósito é apenas um: maior enfoque no desporto motorizado.
Esta recandidatura foi subscrita por mais de 70% dos delegados (os estatutos exigem apenas 10%), o que deixou Ni Amorim bastante satisfeito com a vaga de apoio recebida. O programa eleitoral para este segundo mandato não deixa de ser inovador, já que apresenta um conjunto de propostas inéditas, designadamente na área dos ralis, e revela, ainda, a entrada da FPAK no mundo das corridas virtuais.
“Ser presidente da FPAK tem sido um desafio extremamente estimulante e mais exigente do que eu estava à espera. É um cargo para exercer com competência, por ser extremamente difícil, e que só é possível exercê-lo se tiver uma direção que apoie os projetos apresentados, assim como todos os órgãos estatutários estarem em sintonia com os objetivos do seu órgão máximo executivo. Aliás, só tenho de agradecer o empenho e o apoio de toda a equipa diretiva da FPAK neste primeiro mandato, e o meu muito obrigado, também, aos colaboradores federativos, sem os quais não teríamos conseguido completar esta caminhada”, aponta o atual Presidente da FPAK.
O estreitamento da relação com a FIA (Federação Internacional do Automóvel) é apontado como um dos pontos altos do primeiro mandato, traduzido, hoje, no número recorde de competições portuguesas que integram os calendários do organismo que rege o desporto automóvel a nível mundial. Mas os momentos complicados também foram uma realidade quando o planeta foi surpreendido pela pandemia da Covid-19.
“O mais difícil de tudo é que mais de 25% do mandato foi gerir a FPAK, durante 14 meses, em situação de calamidade pública a nível sanitário, o que afetou os resultados financeiros que seguiam uma tendência crescente e tinham alcançado o seu ponto máximo em dezembro de 2019. Gerir a federação em período pandémico representou um desafio muito grande. E foi importantíssimo que o automobilismo, fruto do trabalho desenvolvido por nós junto do Governo, fosse considerado de baixo risco. Isso permitiu-lhe ser uma das modalidades, em 2020, a arrancar na primeira fase do desconfinamento”, vinca Ni Amorim.Ao contrário do que sucedeu em 2017, o atual presidente da FPAK é o único candidato (Lista A) no ato eleitoral do próximo dia 12 a concorrer com uma lista à totalidade dos órgãos estatutários – a Lista B concorre apenas ao Conselho de Comissários –, algo que não o surpreende, por duas ordens de razão, como salientou.
“Acho que, face às reações registadas nas assembleias gerais durante o meu mandato, haverá uma maioria significativa de associados que se revê no que tem sido feito pela direção a que presido. No entanto, a crise sanitária que nos afetou pode ter contribuído para que potenciais candidatos com a intenção de concorrer às eleições tenham decido não o fazer, dado o momento de incerteza e também porque a FPAK de 2020 para 2021 baixou o seu volume de negócios em cerca de 50 por cento. Em época de vacas magras, é provável que tenha faltado coragem a alguns candidatos para avançarem. Pela minha parte, gostaria que tivessem surgido concorrentes, para haver debates e apresentação de novas ideias, porque isso é sempre salutar”.