Rali de Mortágua com perfume internacional

24/04/2018

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O regresso do Campeonato de Portugal de Ralis ao continente promete ser empolgante, após jornada açoriana que não contou com a maioria dos candidatos aos lugares cimeiros da competição doméstica.

O Rali de Mortágua, que antecede a etapa portuguesa do Mundial, apresenta lista de inscritos (27) de qualidade e de matriz internacional.

A prova do Clube Automóvel do Centro, na estrada nos próximos dias 27 (sexta feira) e 28 (sábado) de abril, é a 3.ª da temporada e apresenta como maior novidade uma incursão a Águeda, palco de uma classificativa citadina, em dupla passagem (2,59 km) , a abrir o programa do primeiro dia, que termina com a já tradicional superespecial (2,06 km) noturna de Mortágua, .

De resto, o esquema da prova mantém-se: no dia seguinte, tripla passagem por Gândara/Calvos (11,67 km) e uma dupla por Póvoa do Sebo (15,99 km) e Felgueira (17,98 km). Ao todo, oito especais (total de 110,18 km).

Face à ausência, por opção programática, de dois dos três primeiros classificados do campeonato – o ainda líder e imbatível (até ao momento) Ricardo Moura optou por abdicar de qualquer programa nos ralis e Bruno Magalhães (3.º) manteve aposta no ERC — surge Carlos Vieira em posição de virtual liderança.

O atual campeão nacional não teve início de época particularmente feliz, sublinhando ao MOTOR 24 que «o campeonato não nos tem corrido de feição», numa alusão aos problemas vários em Fafe e à decisão polémica nos Açores, que lhe custou a perda de um lugar.

Todavia, o piloto do Team Hyundai mostra-se confiante a acredita que «podemos estar competitivos em Mortágua. A adaptação ao carro tem corrido bem e temos vindo a fazer algumas melhorias», revelou o piloto minhoto, que somou o máximo de pontos para as contas do campeonato em 2017, graças ao 2.º lugar na estreia com um Skoda Fabia. Só Craig Breen (Citroën) foi mais rápido.

Para este ano há mais rivais: Armindo Araújo (Hyundai) quer recuperar terreno perdido; Miguel Barbosa (Skoda) tem desvantagem inferior a três pontos; Ricardo Teodósio (Skoda) ambiciona somar novo pódio e José Pedro Fontes (Citroën) pretende demonstrar que está completamente recuperado das sequelas causadas pelo acidente de hã quase um ano.

Os irmãos Meireles voltam à ação: Paulo mantém a aposta no Hyundai i20 R5 e Pedro estreia o Fabia, adquirido ao vice-campeão espanhol Pedro Burgo. Um Skoda que nunca desistiu e somou quatro pódios no campeonato do país vizinho do ano passado.

Mas não será a única estreia: Joaquim Alves, com António Costa ao lado, alinha no Skoda Fabia habitualmente utilizado por Ricardo Moura. Aliás, é um dos quatro carros que contam com assistência da ARC Sport, estrutura igualmente responsável pelo Ford Fiesta do jovem famalicense Pedro Almeida.

Ausência significativa é a de João Barros (Ford Fiesta R5), um piloto sempre candidato aos lugares do pódio.

Saudita Al Rajhi no carro 0 e japoneses de regresso

De Espanha vem Daniel Villaron (Ford Fiesta), enquanto os japoneses Takamoto Katsuta e Hiroki Arai, filho do lendário Toshi Arai, regressam a Portugal após a participação, o ano passado, no Rali Amarante-Baião.

Ambos os pilotos dos Ford Fiesta R5 da Tommi Makine Racing e integram o oficial Toyota Gazoo Racing Rally Challenge Program destinado à descoberta e formação de novos talentos.

Para além de 16 R5 na lista de 27 inscritos, destaque para a anunciada presença, ao volante do Ford Fiesta WRC com o número 0, do espetacular saudita Yazeed Al Rajhi, que pretende, deste modo, preparar o Rali de Portugal.

Nas 2 Rodas Motrizes, Pedro Antunes (Peugeot 208 R2) é favorito, mas a oposição tem uma palavra a dizer, nomeadamente. Paulo Neto (Citroën Ds3 R3), Gil Antunes (Renault Clio R3) e Daniel Nunes (Peugeot 208 R2).

Tudo em aberto para um excelente rali, pontuável ainda para a taça FPAK e para o Campeonato do Centro.

Lista de inscritos e horário: www.cacsport.com