Entre os continentais, Bruno Magalhães colocou o Hyundai i20 no topo.
A chuva que caiu ontem, manhã cedo, nos pontos mais altos da Madeira colocou maiores dificuldades aos pilotos, nomeadamente na escolha de pneus. Neste capítulo, a ousadia de Miguel Nunes, que optou por pneus menos adequados para tais condições, ao contrário dos seus adversários acabou por ser de algum modo premiada. «Vencemos a primeira classificativa, que estava de facto com o piso molhado, e isso deu confiança para atacar nos troços seguintes, com os pneus para seco», explicou Miguel Nunes ao MOTOR 24 no final da secção matinal, em que foi imbatível.
Em quatro classificativas, o líder ganhou 18,3 segundos a Alexandre Camacho, desolado com «a má escolha feita, pois optei, tal como a maioria, por quatro pneus para chuva e dois para seco».
Com as voltas trocadas pelos caprichos das condições atmosféricas, Ricardo Teodósio (Skoda Fabia Evo) afirmava-se como o melhor dos concorrentes do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR) ao ocupar a 3.ª posição no final da manhã, mas a 23,4 segundos do líder absoluto.
«A confiança não era muita, pois tínhamos de avaliar os níveis de aderência, com o piso escorregadio aqui, mais seco ali. Foi difícil», desabafou o piloto algarvio.Pior sorte teve Pedro Paixão, vítima de um furo na 4.ª especial e que provocou a descida do madeirense do Skoda Fabia Evo – um dos candidatos ao triunfo final – do 5.º ao 10.º lugar. «Pelo quinto ano não tive sorte neste rali», referiu.
Na secção da tarde, com o piso totalmente seco, apesar de algum nevoeiro, na segunda passagem pelos troços percorridos de manhã, Alexandre Camacho contra-atacou e consegui, de seguida, três vitórias em especiais e rubricou o mesmo tempo de Miguel Nunes no derradeiro troço do dia.
«Alterámos a afinação do carro e com outros pneus tudo foi diferente», explicou o líder do Campeonato da Madeira, após recuperar sete segundos, ou seja, colocou a diferença em 11,3 segundos.
Com uma atitude um pouco mais defensiva e com o handicap de levar dois pneus suplentes, ao contrário dos adversário que optaram por apenas um, Migue Nunes perdei algum terreno e deixou tudo em aberto na luta pelo triunfo.
No entanto, a vantagem em termos de CPR é de 11,1 segundos para o Citroën C3 de José Pedro Fontes, que furara no derradeiro quilómetro da 3.ª classificativa.
Protagonista de um pião logo a abrir a secção da tarde, Armindo Araújo (Skoda Fabia Evo) completou o trio da frente do CPR, a 13,5 segundos de Bruno Magalhães, o que deixa antever despiques interessantes na última etapa.
Mais longe dessas lutas ficou Ricardo Teodósio (4.º do CPR). «Alterámos a afinação do carro, optámos por pneus duros, tal como tínhamos gostado nos testes, mas não consegui andar», confessou o piloto algarvio, surpreendido pelo nevoeiro.
Apesar de dispor de um Skoda Fabia da 1.ª geração, agora ‘calçado’ com peus Pirelli, Bernardo Sousa terminou o dia no 8.º lugar da geral, seguido por Pedro Paixão e Miguel Correia, ambos em Skoda Fabia Evo.
A derradeira etapa inclui oito classificativas, totalizando 79,8 km.
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