A Toyota Gazoo Racing conquistou mais uma ‘dobradinha’ nas 24 Horas de Le Mans, considerada a competição automóvel de resistência mais importante do mundo, com o GR010 Hybrid #8 partilhado por Sébastien Buemi, Brendon Hartley e Ryo Hirakawa a levarem a melhor sobre o carro gémeo #7. Para as cores portuguesas, também houve motivos para celebrações, pois António Félix da Costa (JOTA #38) e Henrique Chaves (Aston Martin GTE Am #33) venceram nas respetivas categorias LMP2 e GTE Am.

Foi uma corrida sem grande história na luta pelo triunfo à geral, uma vez que os Toyota demonstraram rapidez, fiabilidade q.b. e consistência, o que quer dizer que, salvo alguns problemas circunstanciais, qualquer um dos carros da marca nipónica estava em posição de vencer. Acabou por ser o carro #8 a triunfar, tirando partido de fiabilidade ligeiramente superior à do carro #7, dividido entre Jose Maria Lopez, Kamui Kobayashi e Mike Conway, com os dois carros a cumprirem 380 voltas e a serem francamente superiores aos demais competidores na categoria principal, a Hypercar. Desta forma, a Toyota garantiu o quinto triunfo consecutivo nas 24 Horas de Le Mans.

Os seus maiores rivais acabaram por ser os dois carros da Glickenhaus Racing, formação independente que regressou a Le Mans após a estreia honrosa no ano passado, com o carro de Ryan Briscoe, Franck Mailleux e Richard Westbrook a garantir o terceiro lugar (375 voltas), depois de o outro carro ter sofrido problemas ainda no primeiro dia que o relegaram para o 16º lugar. No entanto, a rapidez do 007 LMH, partilhado entre Pipo Derani, Romain Dumas e Olivier Pla deu para chegar ao quarto lugar da geral (370 voltas), roubando a posição ao líder dos LMP2, o Oreca 07-Gibson da JOTA Sports #38 que foi partilhado por António Felix da Costa, Roberto Gonzalez e Will Stevens (369 voltas) já nas horas finais.

Com uma prova irrepreensível e tirando partido também de alguns azares alheios, o carro #38 foi galgando posições e cimentando um triunfo que foi inteiramente merecido na categoria LMP2, espreitando também qualquer desaire entre os Hypercars para eventualmente chegar a uma melhor posição na geral. Na sexta posição e segundo nos LMP2 ficou o carro da Prema Orlen Team, tripulado por Lorenzo Colombo, Louis Deletraz e Robert Kubica.

Quanto à Alpine, que tinha o outro carro inscrito na categoria Hypercar (embora tendo por base um chassis nascido como LMP2, o A480 Gibson), teve uma prova bastante azarada, com diversos problemas mecânicos a atrasarem o carro que ‘jogava’ em casa, mesmo que o ritmo em condições ‘normais’ tenha sido inferior ao dos Toyota e até dos Glickenhaus. O carro da marca francesa, dividido entre Nicolas Lapierre, André Negrão e Matthieu Vaxiviere, terminou em 23º lugar (362 voltas).

Além de Félix da Costa, a prova poderia ter tido outro piloto luso na luta pelo pódio, com o carro #22 da United Autosports dividido entre Filipe Albuquerque, Philiip Hanson e Will Owen a serem vítimas de um contacto logo na primeira curva que lhes deitou por terra qualquer aspiração de lutarem pelo triunfo. Apesar do atraso inicial, a equipa foi recuperando e viria a terminar no 14º posto da geral.

Nos GTE Pro, o triunfo caiu para o lado da Porsche, com o 911 RSR-19 de Richard Leitz, Frederic Makowiecki e Gianmaria Bruni a firmarem o triunfo, ganhando vantagem decisiva na manhã de domingo sobre o Ferrari 488 GTE Evo de James Calado, Alessandro Pier Guidi e Daniel Serra numa categoria em que a Corvette também esteve em posição de força na fase inicial.

 

Por fim, a outra ‘coroa’ com as cores nacionais foi para o Aston Martin da TF Sport pilotado por Henrique Chaves, Ben Keating e Marco Sorensen, que venceram nesta categoria com uma prestação também de elevada consistência.

A próxima prova do Campeonato do Mundo de Endurance realiza-se em Monza, Itália, no dia 10 de julho.

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