Essa é apenas uma visão, uma vez que os engenheiros da sua equipa comparam-no a um baterista, surpreendidos com a suavidade de processos de Zanardi ao volante do seu M8 GTE. A marca desenvolveu um sistema para controlar o acelerador graças a um anel-acelerador atrás do volante e o travão graças a uma alavanca semelhante à de uma caixa de velocidades tradicional do seu lado direito. O piloto, que não tem as duas pernas devido a um acidente aparatoso sofrido em 2001 na Fórmula CART, esteve envolvido de forma próxima com a BMW no desenvolvimento do sistema.
“Quando começámos a pensar sobre aquilo que eu precisaria para conduzir o carro em distâncias mais longas numa corrida de resistência, a ideia era esquecer por completo as pernas e fazer tudo com as mãos”, refere Zanardi. Essa foi a génese do plano para instalar uma alavanca de travagem em vez de um pedal de travão que seria acionado com a força da anca para aplicar força no pedal pela perna artificial. Assim, essa alavanca está instalada no túnel central e ligada ao travão, dispondo ainda de um botão para reduzir as mudanças enquanto trava.
O primeiro teste com o sistema decorreu na corrida do DTM em Misano, Itália, então com um M4 DTM, terminando em quinto na segunda corrida. Agora, no M8 GTE, o sistema foi otimizado com os ensinamentos da corrida do DTM. Exemplo disso foi a colocação de interruptores, como o da comunicação via-rádio com as boxes, de uma forma distinta, uma vez que Zanardi confessou “ter percebido, enquanto conduzia o carro de DTM, que a minha mão direita estava excessivamente ocupada”. Numa corrida de longa duração, onde é preciso falar com a equipa de forma longa, por vezes, ser-lhe-ia impossível travar com a mão direita e carregar no botão para falar com o muro das boxes. No M8 GTE, esse processo foi, então, revisto.
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