M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
As corridas de automóveis são geralmente criticadas por quem não as aprecia por serem perigosas, fazerem barulho e emitirem poluição só para alguns pilotos andarem às voltas a divertirem-se. Mas uma das justificações para se realizarem é que servem de laboratório para novas tecnologias. E os carros elétricos, como nova tecnologia, vão beneficiar muito do novo interesse do desporto automóvel nesta nova forma de propulsão.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Este ano, a Fórmula E, o primeiro campeonato do mundo de monolugares elétricos, estreia a segunda geração do seu carro, ganhando uma categoria de apoio, um troféu monomarca disputado com o Jaguar I-Pace. E em 2020, estas vão ter a companhia do E-TCR, um novo campeonato do mundo, este criado para participarem carros elétricos praticamente iguais àqueles que vemos na estrada, que assim vão beneficiar dos novos desenvolvimentos tecnológicos concebidos quando este tipo de veículos é usado nos limites.

O primeiro carro feito para a categoria E-TCR é o Cupra e-Racer. Este modelo desportivo derivado de um SEAT Leon já tinha sido revelado ao mundo no início do ano, mas fez este fim de semana a sua estreia em ação na pista, em frente do público, conduzido pelo veterano piloto espanhol Jordi Gené, que já foi colega de equipa de Tiago Monteiro. O carro espanhol tem passado os últimos meses em desenvolvimento constante, prestando particular atenção à refrigeração das baterias e ao aproveitamento e recuperação de energia.

Estes carros elétricos de corrida, silenciosos e não poluentes, têm dois motores com potência combinada de 680 cv, quase o dobro do Cupra Leon de competição, mas pesam mais de 1600 kg, 400 kg a mais que o modelo a gasolina. Mesmo assim, vão atingir os 100 km/h em 3,2 segundos e os 200 km/h em 8,2 segundos.

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