M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
O halo da Fórmula 1 e o para-brisas da Indycar demonstram a preocupação das organizações do desporto automóvel com a segurança. Mas há quem não esteja satisfeito, insistindo que o Fórmula 1 do futuro precisa de ter um cockpit completamente fechado. E se for mais seguro, é possível recuperar tecnologias que foram banidas no passado, como esta ideia para fazer um carro de corridas com uma turbina de avião da Rolls-Royce.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Esta ideia foi proposta por Keith Hylton, dono de uma equipa de competições nos Estados Unidos, que não está convencido da segurança destas medidas, que ainda têm aberturas para o cockpit. Hylton abandonou a competição chamada World of Outlaws depois da morte do seu piloto, Kevin Gobrecht, em 1999, com lesões graves na cabeça após um acidente. Os Outlaws são carros com 900 cv e asas assimétricas, cujo cockpit está protegido por um roll-bar, mas este não foi suficiente para proteger o piloto.

Para dar corpo às ideias de Hylton, surgiu o designer Andries van Overbeeke, que criou o T1 Turbine. O holandês já tinha proposto um McLaren de F1 completamente fechado, e aproveitou para criar um projeto que parece a secção central de um avião sem asas, incluindo nariz, cockpit e… turbina. Em vez de um motor, Van Overbeeke montou uma turbina Rolls-Royce, com 700 cv de potência, uma ideia que foi usada com sucesso em Indianapolis em 1967 e 68 e com menos sucesso na F1 no ano seguinte, antes de ser banida.

Keith Hylton quer construir o protótipo para mostrar que funciona, com um chassis monocoque semelhante à F1 e túneis para efeito de solo, eliminando a necessidade de ter apêndices aerodinâmicos. Com a turbina de avião, o empresário americano acredita que os custos de manutenção do motor seriam reduzidos em 70 por cento.