Stéphane Peterhensel Créditos: Eric Vargiolu / DPPI / Red Bull Content Pool)
A alcunha de ‘Senhor Dakar’ encontra um reflexo perfeito em Stéphane Peterhansel (Audi), que venceu a segunda etapa do Dakar 2024, atingindo assim a marca histórica dos 50 triunfos em etapas desta prova de todo-o-terreno clássica. Nas primeiras dunas, Peterhansel mostrou a sua experiência, mesmo que não tenham sido demasiado exigentes.

Após um início de prova bastante aquém do esperado (tendo perdido 32 minutos ontem), o francês da Audi esteve em muito bom nível na etapa de 462 quilómetros, batendo o seu compatriota Sébastien Loeb (BRX Prodrive) por escassos 29 segundos. Seth Quintero (Toyota Gazoo Racing) terminou a etapa em terceiro lugar, mas já a 3m11s do líder da tirada, ao passo que Nasser Al-Attiyah (BRX Prodrive) chegou em quarto, a 6m28s.

Já Carlos Sainz (Audi) finalizou a etapa em oitavo, perdendo 17m15s para o seu colega de equipa na Audi Sport e, com isso, viu a sua liderança reduzir-se para 1m51s, com Yazeed Al Rahji (Toyota Overdrive Racing) a ser o segundo melhor, ao passo que Loeb é agora o terceiro, a 4m47s de Sainz.

Quanto ao contingente luso nas quatro rodas, Paulo Fiúza, navegador de Vaidotas Zala (MINI X-Raid), encerrou o dia com 14º tempo (13º classificado na geral), ao passo que José Marques, que é o navegador de Gintas Petrus (MVSport) no 83º lugar, a mais de 1h20m do vencedor da tirada.

Na classe Challenger, Mário Franco e Daniel Jordão (Francosport) terminaram em nono esta segunda etapa, enquanto Ricardo Porém (navegado por Augusto Sanz) foi o 18º da etapa, à frente de outra dupla portuguesa, composta por João Monteiro e Nuno Morais. Na classificação da categoria, é esta última dupla que surge melhor posicionada, na 16ª posição, ao passo que Porém é o 18º e a dupla Monteiro/Morais surge logo a seguir.

Nos SSP, destaque para a dupla João Ferreira/Filipe Palmeiro (Can-Am), que terminou a etapa com o terceiro lugar, ocupando a oitava posição na classificação geral. Já Fausto Mota, que compete com licença espanhola, navega o brasileiro Cristiano Batista, surgindo na sexta posição da classificação da categoria.

Bühler esteve bem; mudanças na frente

Nas Motos, a tirada de hoje foi de festejos para o chileno José Ignacio Cornejo (Honda), que levou a melhor sobre Luciano Benavides (Husqvarna), com 5m59s a separá-los, ao passo que Mason Klein (Kove), que havia sido o terceiro ontem, sofreu hoje as agruras do Dakar, com problemas mecânicos na sua moto a obrigarem-no a perder duas horas e qualquer esperança de um bom resultado na geral.

Pablo Quintanilla (Honda) terminou a etapa em terceiro lugar, gastando mais 6m12m do que Cornejo, ao passo que Sebastian Bühler (Hero), luso-alemão que compete com licença alemão, fez o quarto melhor tempo. Rui Gonçalves (Sherco) esteve em bom nível ao firmar o 13º tempo da etapa, pouco à frente de António Maio (Yamaha), que mostrou também grande rapidez na etapa do dia. Mário Patrão (KTM) foi o 39º mais rápido da segunda etapa, ao passo que Bruno Santos (Husqvarna) mantém a sua aprendizagem rápida e firmou o 42º tempo. Alexandre Azinhais (KTM) terminou a etapa em 77º lugar.

Na classificação geral, Ross Branch (Hero) mantém o comando da prova, mas apenas com 2m55s de vantagem sobre Cornejo. Seguem-se mais dois motards da Honda, com Ricky Brabec a ser o terceiro da geral e Pablo Quintanilla a ser o quarto, com este quarteto ‘encaixado’ em 15 minutos. Sebastian Bühler é o melhor representante luso (apesar da licença luso-alemã), no 14º lugar, três posições à frente de Rui Gonçalves. António Maio situa-se na 26ª posição, com Mário Patrão e Bruno Santos a surgirem em 40º e 41º lugares, respetivamente. Azinhais é o 78º da geral.