Terminada a inovadora etapa maratona da edição de 2024 do Dakar, a Audi assume-se como a mais forte candidata ao triunfo, com dois dos seus carros nas duas primeiras posições. Carlos Sainz ampliou a sua liderança sobre o seu companheiro de equipa Mattias Ekström, sendo que apenas Sébastien Loeb (Prodrive) está na luta, embora quase a meia hora do comandante. Nas Motos, Ricky Brabec (Honda) voltou a assumir o comando.

Começando pelos Autos, poucos apostariam que a Audi terminasse em primeira semana com uma posição de ‘dobradinha’ na classificação geral. Contando com a experiência e a rapidez ainda bem vívida de Carlos Sainz, o espanhol está na frente da prova com 20m21s de avanço sobre outro RS e-tron, pilotado por Mattias Ekström.

No final da etapa maratona, Loeb foi o vencedor, mas apenas com 2m01s de vantagem sobre o espanhol da Audi, pelo que a sua recuperação é ainda reduzida na classificação geral. No entanto, o francês assume-se como o único ainda com esperanças de dar luta aos Audi, já que Nasser Al-Attiyah (Prodrive) hipotecou as suas hipóteses de vitória devido a problemas com a direção do seu carro, os quais lhes custaram mais de duas horas perdidas. O brasileiro Lucas Moraes é o melhor representante da ‘armada’ Toyota, ocupando a quarta posição, mas já com mais de uma hora de atraso.

Nas Motos, Adrien Van Beveren (Honda) foi o vencedor da etapa maratona, à frente de Toby Price (KTM), mas na geral volta a ser Ricky Brabec, também da Honda, a ocupar a primeira posição, mas apenas com 51 segundos de vantagem sobre Ross Branch (Hero), pelo que a prova promete ainda muita emoção na segunda semana.

Quanto ao contingente português, António Maio (Yamaha) é agora o melhor classificado da geral, depois de ter feito o 20º tempo na etapa maratona, com Mário Patrão (KTM) a fazer o 28º tempo da etapa. O estreante Bruno Santos (Husqvarna) continua a dar boa conta de si e fez o 34º tempo na etapa, ao passo que Rui Gonçalves (Sherco) e Alexandre Azinhais (Husqvarna) tiveram uma etapa muito complicada, fazendo apenas os 73º e 78º tempos. Gad Nachmani, que corre com licença lusa, fez o 105º tempo.

Na classificação geral, o militar António Maio ocupa exatamente a mesma posição da etapa, ou seja, o 20º lugar, com Mário Patrão e Bruno Santos ‘colados’ em 30º e 31º lugares, respetivamente. Gonçalves fecha a sexta etapa com o 34º lugar da geral, ao passo que Azinhais é o 69º e Nachmani está em 102º.

Nos SSV, a dupla composta por João Ferreira/Filipe Palmeiro partiu para a segunda metade da etapa maratona com a primeira posição, mas não foi capaz de manter a toada no dia de hoje e ficou com o terceiro tempo, naquele que é mais um excelente desempenho. A etapa foi ganha por Xavier de Soultrait. Na classificação geral, a dupla portuguesa está às ‘portas’ do pódio, situando-se na quarta posição de uma tabela que é liderada por Yasir Seaidan, que dispõe de 2m58s de vantagem sobre Sara Price.

Nos Challenger, Ricardo Porém (navegado por Augusto Sanz) fechou a sexta etapa com o 11º lugar, enquanto a dupla João Monteiro/Nuno Morais terminou em 26º, duas posições à frente da outra dupla lusa composta por Mário Franco e Daniel Jordão. Na classificação geral, Porém voltou ao top 10, ocupando a nona posição, ao passo que a dupla Monteiro/Morais está em 15º e a dupla Franco/Jordão ocupa a 24ª posição. Na frente da classificação geral nesta categoria está o jovem Eryk Goczal, que depois de vencer a sexta etapa passou a ter mais de uma hora de vantagem para o segundo melhor, que é Mitchell Guthrie.

Amanhã é dia de descanso para a comitiva do Dakar, que aproveitará para retemperar forças depois de uma semana que trouxe já muitas surpresas e muitos dissabores a alguns dos favoritos prévios ao início da prova.

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