Após o dia de descanso do Dakar 2024, os concorrentes voltaram à ação para a sétima etapa, num percurso de 483 quilómetros cronometrados que trouxeram uma mexida importante nos lugares do pódio – Mattias Ekström (Audi), que era segundo, sofreu problemas no seu carro e afundou-se na classificação, com Sébastien Loeb (Prodrive) a vencer a tirada de hoje e a aproximar-se de Carlos Sainz (Audi), que viu a sua liderança ser encurtada. Nos SSV, mais um triunfo para João Ferreira/Filipe Palmeiro, que se aproximam dos lugares do pódio.

Nos Autos, a etapa ficou marcada pelo triunfo de Loeb, o terceiro desta edição do Dakar. Apesar de ‘abrir’ a etapa, o francês não falhou no seu objetivo de ganhar tempo aos dois Audi que estavam à sua frente no início da etapa, sendo que, à chegada, apenas Sainz se perfila como adversário. O espanhol fez apenas o quarto tempo, a 10m31s do registo de Loeb e tem agora o homem da Prodrive bem mais perto – a apenas 19 minutos. Quanto a Ekström, um problema com a suspensão logo ao quilómetro 51 ditou um atraso de quase 4h40m, afastando-o de qualquer luta pelo pódio.

Lucas Moraes (Toyota) foi o segundo da etapa, a 7m06s, ao passo que Nasser Al-Attiyah (Prodrive), também já sem hipóteses de discutir o triunfo, foi o terceiro, gastando mais 9m47s do que Loeb.

Na classificação geral, Sainz tem então 19 minutos de vantagem sobre Loeb, prefigurando-se desta forma um duelo bastante interessante para as restantes etapas do Dakar, ao passo que Moraes subiu ao terceiro lugar, a 1h00s de diferença do comandante. Guillaume de Mevius (Toyota Overdrive) ocupa a quarta posição, a 1h30m.

Nos SSV, mais um triunfo brilhante da dupla portuguesa João Ferreira/Filipe Palmeiro, que bateu Xavier de Soultrait por apenas 25 segundos, tendo este conseguido assumir o comando da classificação geral da categoria. Se nos Autos, apenas os dois primeiros estão separados por menos de 20 minutos, nos SSV, a discussão pelos lugares do pódio está ainda muito em aberto, já que Soultrait tem 7m30s de vantagem sobre Yasir Seaidan, 7m38s sobre Sara Price e 11m24s sobre Ferreira.

Ainda nas quatro rodas, nos T3, destaque para a prestação de Ricardo Porém (navegado pelo argentino Augusto Sanz), que fez o sétimo tempo na categoria, 19m02s atrás do vencedor, Mitchell Guthrie, subindo agora ao sexto lugar da classe depois de ontem o anterior líder, Eryk Goczal, ter sido desclassificado por utilização de uma embraiagem irregular em carbono.

A dupla João Monteiro/Nuno Morais está mais perto de entrar no top 10, ocupando atualmente o 11º lugar da geral, depois de terem feito o 11º tempo na etapa. Já a dupla Mário Franco/Daniel Jordão ocupa o 19º lugar da geral depois de ter sido a 13ª na tirada.

Prova ao rubro nas duas rodas

Nas Motos, assiste-se a uma prova de imensa competitividade, com os dois primeiros da classificação geral, Ricky Brabec (Honda) e Ross Branch (Hero) separados por apenas um segundo, com vantagem para o homem da marca japonesa. A etapa foi ganha por Nacho Cornejo (Honda), que voltou a demonstrar toda a sua rapidez, alcançando dessa forma a sua terceira vitória em etapas nesta edição do Dakar. Cornejo bateu Kevin Benavides (Husqvarna) por 32 segundos e Luciano Benavides (KTM) por 3m12s, num trio inteiramente sul-americano.

Com este resultado, passou a ocupar o terceiro lugar, ultrapassando a outra Honda de Adrien Van Beveren, estando agora a 6m48s do líder, que é Brabec, numa batalha intensa com Branch, mas na qual também não pode ser descartada a participação de Cornejo e de Van Beveren, quarto, a 14m39s.

Quanto aos motards portugueses, Rui Gonçalves (Sherco) foi o melhor do dia, com o 15º tempo, a 25m04s do vencedor da etapa, enquanto António Maio (Yamaha) foi o 24º melhor, mas já quase a uma hora (58m44s). O estreante Bruno Santos (Husqvarna) foi o 30º melhor, ao passo que Mário Patrão (KTM) foi o 33º mais rápido do dia. Alexandre Azinhais (KTM) foi o 73º e Gad Nachmani (KTM) foi o 97º mais rápido.

Na ordem geral, António Maio é o melhor representante, situando-se na 17ª posição, com três pilotos lusos a ocuparem, depois, as posições entre o 29º e o 31 lugares – Rui Gonçalves, Mário Patrão e Bruno Santos por esta ordem. Alexandre Azinhais é o 66º, enquanto Nachmani é o 101º.

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