Profundamente ligado à Fórmula 1 desde 1977, quando iniciou a sua carreira ao serviço da Hesketh, Whiting era uma figura bastante respeitada no paddock, tanto por pilotos, como pelos diretores das equipas. Ao longo dos anos, além da Hesketh, Whiting passou também pela Brabham na década de 1980, tendo chegado à FIA em 1988. A ascensão ao cargo de Diretor de Corrida deu-se em 1997, sendo presença contínua no centro de decisão de cada Grande Prémio.
As reações à morte de Charlie Whiting não se fizeram esperar, com muitos dos principais responsáveis da modalidade e das equipas a mostrarem consternação com a notícia. Um deles foi o Presidente da FIA, Jean Todt, que ao site oficial da Fórmula 1 recordou a figura “central e inimitável da Fórmula 1, que corporizava a ética e o espírito deste desporto fantástico”. O francês acrescentou ainda que a categoria perdeu “um amigo fiel e um embaixador fantástico”.
Também Ross Brawn, diretor para a área da Fórmula 1, lamentou a morte de Whiting: “Conheço o Charlie ao longo de toda a minha carreira. Trabalhámos juntos como mecânicos, tornámo-nos amigos e passámos muito tempo juntos em pistas por tudo o mundo. Fiquei com imensa tristeza quando ouvi as notícias trágicas. Fiquei devastado. É uma grande perda, não só para mim, pessoalmente, mas também para toda a família da Fórmula 1, para a FIA e para o automobilismo como um todo”.
Também Mattia Binotto, diretor desportivo da Ferrari, recordou o britânico, apontando que “era um profissional extraordinário, um homem extremamente bem preparado, mas acima de tudo uma grande pessoa que sempre tratou toda a gente com respeito. Um especialista do automobilismo incansável e conhecedor que contribuiu para a melhoria da segurança na Fórmula 1”.
Entretanto, a FIA já escolheu um sucessor para o GP da Austrália, neste caso, Michael Massi.