Em virtude das apertadas restrições de evolução implementadas pela Federação Internacional do Automóvel (FIA) entre as temporadas de 2020 e de 2021, o A521 é uma evolução do R.S.20 que competiu no campeonato do ano passado, embora tenham sido melhorados a quase totalidade dos componentes que ainda não tinham sido homologados, especialmente na traseira do monolugar, que teve de cumprir as alterações aerodinâmicas regulamentares adicionais impostas pela FIA.
Apesar da mudança de nome da equipa, a unidade motriz híbrida continua a ter a denominação Renault E-Tech, com o código 20B, combinando um motor V6 de 1.6 litros sobrealimentado associado a um complexo sistema elétrico que auxilia as prestações. Desenhando e desenvolvido na fábrica da Renault em Viry-Châtillon, é também uma forma de honrar os 45 anos de ligação da marca do losango ao mundo da F1.
Para Luca De Meo, CEO do Grupo Renault, “é verdadeiramente uma alegria e um orgulho ver o poderoso e vibrante nome da Alpine num monolugar de Fórmula 1. Novas cores, nova equipa de gestão, planos ambiciosos: é um recomeço alicerçado numa história com 40 anos. Vamos combinar os valores de autenticidade, elegância e audácia da Alpine, com a experiência e os conhecimentos de engenharia e desenvolvimento de chassis da ‘casa’”.
Alonso concentra as atenções
Para todos os efeitos, apesar da nova denominação, o bicampeão Fernando Alonso regressa à equipa anglo-francesa (a sede é em Enstone, no Reino Unido), procurando voltar às glórias de outros tempos, o que não será fácil, mas o piloto espanhol está preparado para mais este desafio na sua carreira.“Estou muito entusiasmado com este regresso à Fórmula 1 e em fazer parte deste novo capítulo no desporto automóvel reservado à equipa Alpine F1. Tenho trabalhado arduamente neste regresso às corridas de Fórmula 1 e o objetivo é atacar desde o começo. Pilotar o carro pela primeira vez será uma experiência muito entusiasmante e espero que ambas as fábricas possam saborear o momento”, apontou o campeão da modalidade em 2005 e 2006, admitindo que tem “boas recordações com o facto de ‘correr de azul’ na Fórmula 1”.
A seu lado estará Esteban Ocon, que fará o seu segundo ano com a equipa, garantindo que está pronto para melhorar os resultados alcançados em 2020, época que teve o seu ponto alto com a conquista do primeiro pódio na F1, no GP de Sakhir.
“Estou ansioso pelo começo da temporada e pelo primeiro contacto com o A521, no Bahrein. Foi uma longa e trabalhosa pausa entre épocas, com muitas preparações a fazer e, tanto eu como a equipa, estamos prontos para o ano que se avizinha. Adoro as novas cores da Alpine e, como francês, é um tremendo orgulho ostentar as cores da minha bandeira no carro. Sinto-me mais e melhor preparado do que no ano passado, o que, penso eu, seja perfeitamente natural, já que entro nesta temporada com um ano completo de competição em 2020”, refere, deixando ainda uma ‘dica’ de entusiasmo por competir ao lado de Alonso, que “sempre admirei e uma pessoa que me inspira há muito tempo”.
O piloto da Academia Alpine, Guanyu Zhou, mantém o papel de piloto de testes da equipa, ao mesmo tempo, que continua a competir no Campeonato de Fórmula 2 da FIA, com a UNI-Virtuosi.
Como já se sabia, Cyril Abiteboul deixou o cargo de diretor da equipa no final do ano passado, sendo substituído por Davide Brivio, que assumirá o comando das operações em pista. Na frente da equipa em termos de gestão estará o CEO da Alpine, Laurent Rossi, secundado pelo diretor xecutivo Marcin Budkowski. O engenheiro Pat Fry voltará a ter a seu cargo o desenvolvimento do chassis, enquanto Rémi Taffin será o diretor técnico de Engenharia.
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