Tendo ficado no terceiro lugar do Mundial de Construtores no ano passado, a Ferrari procura regressar à discussão dos primeiros lugares e dos títulos, com o novo SF-24 a ser uma evolução significativa face ao monolugar de 2023, o SF-23. O 70º carro da marca italiana na Fórmula 1, o SF-24 é o terceiro da nova era de regulamentos de efeito-solo, mas é bastante diferente do carro anterior, sobretudo na zona dos flancos, secção posterior e asa dianteira.
O objetivo da equipa é dar aos pilotos, Charles Leclerc e Carlos Sainz, um carro fácil de pilotar e capaz de se adaptar com eficácia aos diferentes circuitos. Ao mesmo tempo, a unidade de potência V6 híbrida foi também melhorada. Na apresentação do carro estiveram presentes os dois pilotos, mas também a alta cúpula da marca italiana, com o Presidente John Elkann, o CEO Benedetto Vigna, o Vice-Presidente Piero Ferrari e o diretor de equipa Fred Vasseur a levantarem o véu sobre o SF-24.
À primeira vista, o carro é esteticamente muito diferente dos seus antecessores, o que também se aplica à pintura. Depois de uma receção positiva em Las Vegas em novembro passado, o branco regressa juntamente com o amarelo – sempre a segunda cor da Ferrari -, uma ligação evidente a Modena, mas também uma referência à outra atividade principal da marca de Maranello para além da Fórmula 1, nomeadamente o Campeonato Mundial de Resistência.
Tal como no ano passado, o SF-24 e o WEC 499P partilham o mesmo tom de vermelho, mais uma vez este ano com um acabamento mate no carro de Fórmula 1. Não é a primeira vez que um carro de Fórmula 1 da Ferrari apresenta a cor amarela, embora as riscas longitudinais amarelas não sejam vistas desde 1968, enquanto este ano, pela primeira vez, são combinadas com o branco.
As jantes são vermelhas com uma dupla risca branca e amarela, cores que também estão presentes nos números de corrida – 16 e 55 – que continuam a utilizar o tipo de letra oficial da marca de Maranello.Durante o evento de lançamento do novo carro, Vasseur afirmou que este é um momento “sempre excitante” e que o pensamento está já no momento em que irão confrontar os outros rivais na pista. “Este ano, temos de começar no ponto em que terminámos a temporada passada, em que estávamos consistentemente entre os carros da frente, com uma visão para melhorar constantemente em todas as áreas”.
“A mais longa temporada de sempre da Fórmula 1 espera-nos e o Charles, o Carlos e eu concordamos que temos de ser mais cínicos e eficazes na forma como gerimos as corridas, fazendo escolhas arrojadas, de modo a obter o melhor resultado possível em cada Grande Prémio. Diz-se muitas vezes que os fãs podem dar-nos uma velocidade extra e isso será definitivamente verdade neste que será um campeonato muito disputado e estamos orgulhosos de saber que podemos contar com os nossos “tifosi” de todo o mundo”, complementou o diretor da formação de Maranello.
Por seu lado, ambos os pilotos demonstraram-se agradados com o visual do novo SF-24, mas sobretudo esperam que o carro seja rápido em pista. “Gosto muito do aspeto do carro, incluindo as partes brancas e amarelas da carroçaria. Mas, claro, o que realmente me interessa é o seu desempenho em pista, pois é isso que importa. O SF-24 deverá ser menos sensível e mais fácil de pilotar e, para nós, pilotos, é disso que precisamos para nos sairmos bem”, afirmou Charles Leclerc.
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