Num cenário histórico para a Itália, o Teatro Municipal Romolo Valli, em Reggio Emilia, onde foi adotada pela primeira vez a configuração atual da bandeira italiana, a revelação do novo monolugar da Ferrari para a temporada de 2020 do Mundial de Fórmula 1 foi também uma celebração da cultura local. Ao mesmo tempo, voltou-se a encher o balão da esperança dos transalpinos num regresso aos títulos.

Chama-se SF1000 e é o mais recente portador da esperança da Ferrari para lutar pelos triunfos no Mundial de Fórmula 1, recebendo a sua denominação pelo feito histórico de ser a primeira equipa a disputar o seu 1000º grande prémio, o que irá acontecer este ano. Além de todos estes detalhes, a revelação do SF1000 em Reggio Emilila teve ainda uma particularidade, já que foi a primeira vez que um dos novos carros da Scuderia foi apresentado num outro local que não Maranello, Fiorano ou Mugello.

Mas, numa cerimónia que teve prestações de dança e música, incluindo um set do DJ Benny Benassi, foi o SF1000 que concentrou as atenções, revelando-se ao mundo perante uma plateia repleta com alguns nomes famosos, como Jean Alesi, Luca di Montezemolo ou Piero Ferrari, além de diversos membros da Gestione Sportiva da Ferrari que trabalham na formaçã há mais de três décadas, aos quais Louis Camilleri, administrador-delegado da Scuderia agradeceu pelo esforço e dedicação.

O novo carro, aproveitando a estabilidade das regras, acaba por ser uma evolução do SF90, mas os responsáveis da equipa, como Mattia Binotto, diretor da formação, garantem que todas as áreas do monolugar foram revistas com o intuito de atacar aqueles que eram vistos como pontos fracos do carro do ano passado, sobretudo, a carga aerodinâmica. Embora seja ainda uma versão muito preliminar do carro (esperando-se novas evoluções para os dois testes coletivos antes do GP da Austrália), um dos elementos que mais chama a atenção é a compactação da secção traseira, com os flancos praticamente reduzidos ao essencial. A suspensão foi outro dos itens bastante trabalhados pelo departamento técnico, procurando obter agora uma maior aderência em todos os tipos de circuito.

A unidade de potência, composta por sistema V6 híbrido, também foi revista para se tornar mais eficiente e melhor na gestão energética.

Os dois pilotos continuarão a ser Sebastian Vettel e Charles Leclerc, que se mostraram impacientes por experimentarem o SF1000.
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A cerimónia ‘fechou’ com uma foto de grupo, mas coube a John Elkann, Presidente da Ferrari, o derradeiro discurso, no qual salientou o contributo da Ferrari para levar o nome de Itália a todo o mundo: “Temos o orgulho de representar a Itália no mundo. Apesar de a Ferrari ter ganho 238 corridas das 991 da história da Fórmula 1, a nossa sede de vitórias está mais viva do que nunca. No próximo campeonato, a competição voltará a ser muito dura, mas isso impele toda a equipa a dar sempre o seu melhor e sempre mais. Assim se distingue o extraordinário trabalho coletivo de toda a Gestione Sportiva da Ferrari, dentro e fora da pista. Essa é a nossa força”, afirmou Elkann.

O primeiro teste de pré-temporada irá ter início a 19 de fevereiro, no circuito catalão de Montmeló.

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