Partiu de sexto lugar na grelha de partida, mas terminou a corrida com mais de 20 segundos de vantagem sobre o segundo classificado, Sergio Pérez, num carro da Red Bull idêntico. Max Verstappen esteve imparável no GP da Bélgica, disputado no circuito de Spa-Francorchamps, vencendo a sua décima corrida da temporada, cimentando ainda mais a sua liderança no Campeonato do Mundo de Pilotos.

Charles Leclerc (Ferrari) herdou a pole position depois de ter sido aplicada a Verstappen uma penalização de cinco lugares na grelha de partida pela utilização de uma nova caixa de velocidades fora do máximo permitido para cada piloto para uma época, tendo Pérez na segunda posição da grelha. A tarefa de recuperação do piloto da Red Bull foi facilitada pelo contacto entre Carlos Sainz (Ferrari) e Oscar Piastri (McLaren), que partiam de quarto e de quinto lugares, respetivamente, resultando no abandono para Piastri e na perda de ritmo de Sainz que, acabaria, por ditar também o seu abandono.

Pérez rapidamente assumiu o comando, ainda na primeira volta, com Leclerc e Lewis Hamilton (Mercedes) a serem então perseguidos por Verstappen, que tirou partido do sistema DRS para ‘despachar’ estes dois rivais para encetar uma perseguição ao seu colega de equipa. Pérez parou primeiro para mudar de pneus, fazendo-o Verstappen uma volta mais tarde. Saindo atrás do mexicano, Verstappen fez então uma série de voltas que culminaram com uma ultrapassagem indefensável na longa reta de Kemmel, começando a partir daí uma fuga que superou os 20 segundos de vantagem.

Incapaz de dar luta a Verstappen, Pérez também teve pouco que fazer na defesa do segundo lugar, já que Leclerc não teve muitos argumentos para se aproximar, embora tivessem rodado uma grande parte da segunda metade da prova numa diferença a rondar os 3-4 segundos. O triunfo incontestado de Verstappen serve, também, como alerta de realidade para Pérez, sendo batido mesmo com um carro idêntico.

Leclerc fechou o pódio, com um terceiro lugar que dá alguma alento à Ferrari numa pista em que o carro italiano até não estaria tão à vontade, mas um bom ritmo de corrida permitiu-lhe estar por perto de Pérez a manter uma diferença segura para Hamilton, que terminou em quarto lugar e com um ponto suplementar pela volta mais rápida, tendo decidido montar pneus médios novos para as duas últimas voltas.

Fernando Alonso (Aston Martin) cruzou a meta em quinto, num bom resultado para o asturiano, que não tem agora conseguido ombrear com as equipas da frente como sucedeu no início da temporada, com George Russell (Mercedes) a ser autor também de uma boa corrida para terminar no sexto lugar.

Lando Norris (McLaren) terminou no sétimo lugar, lamentando a falta de velocidade de ponta do seu carro, ao passo que Esteban Ocon (Alpine) finalizou a prova em oitavo, ‘roubado’ a Lance Stroll (Aston Martin) já perto do fim. O canadiano ficou com o nono lugar, imediatamente à frente de Yuki Tsunoda (AlphaTauri), que voltou a dar excelente conta de si e a dar mais um ponto à equipa de Faenza.

Pierre Gasly (Alpine) foi o 11º, à frente dos Alfa Romeo de Valtteri Bottas e de Guanyu Zhou.

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