Lewis Hamilton
Lewis Hamilton deixou os seus milhares de adeptos em apoteose ao vencer o GP da Grã-Bretanha, em Silverstone, naquele que foi o seu sexto triunfo nesta corrida para um recorde absoluto. O britânico levou a melhor num duelo ‘particular’ com o seu companheiro de equipa, Valtteri Bottas, que foi o segundo em mais uma ‘dobradinha’ da Mercedes-AMG. Na terceira posição ficou o Ferrari de Charles Leclerc, que beneficiou de um desentendimento entre Sebastian Vettel e Max Verstappen para subir ao pódio.

Hamilton partiu de segundo na grelha e foi nessa posição que disputou a primeira fase da corrida, secundando de perto Bottas, embora na quarta volta tenham chegado a trocar de posições por breves instantes, apenas para o finlandês marcar uma posição forte ao recuperar a liderança. Depois, foi preciso esperar pelas paragens nas boxes, com Bottas a parar primeiro, na volta 16, mas uma situação de safety car devido a um pião de Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo) colocou Hamilton em posição favorável.

O britânico não só parou nas boxes e garantiu que não perdia a liderança com a sua estratégia de uma paragem, como depois teve apenas de se limitar a controlar o seu ritmo na medida em que Bottas, tendo montado pneus médios (composto idêntico ao que tinha começado), ainda teria de parar mais uma vez para montar outro tipo de pneu.

Sem que tivessem existido ocasiões de luta pela primeira posição, a grande dúvida prendia-se com a capacidade de Bottas parar nas boxes e sair na segunda posição, mas, mais atrás, uma série de acontecimentos na luta pelas posições seguintes entre os pilotos da Ferrari e da Red Bull possibilitaram à Mercedes-AMG ficar com as duas posições da frente.

Foi então a luta pelas posições seguintes que mais ação rendeu no GP da Grã-Bretanha: na primeira fase da corrida, Charles Leclerc e Verstappen (Red Bull) protagonizaram uma reedição interessante do seu duelo da Áustria, com os dois pilotos novamente em grande disputa. Com a paragem nas boxes e fruto de uma estratégia diferente também ajudada pelo safety car, coube a Sebastian Vettel (Ferrari) ascender ao terceiro posto, com Pierre Gasly (Red Bull), Max Vestappen (Red Bull) e Leclerc nas posições seguintes.

Rapidamente, Verstappen passou Gasly (depois de antes se ter defendido eximiamente de um ataque de Leclerc) e encetou uma perseguição a Vettel. Na travagem para Stowe, o holandês conseguiu por fim superar o alemão, mas no final da reta seguinte, quando Vettel procurava responder, falhou o ponto de travagem e acertou na traseira do Red Bull. Ambos saíram a perder: Vettel danificou o seu carro, teve de regressar às boxes para mudar a asa da frente e caiu para último, enquanto Verstappen perdeu duas posições. Além disso, Vettel foi ainda declarado culpado do acidente e foi penalizado em dez segundos na corrida e em dois pontos na sua superlicença.

Calhou a Leclerc, que ultrapassou Gasly de forma brilhante, o último lugar do pódio, ficando assim na frente do francês e de Verstappen, ao passo que outro britânico, Lando Norris, também brilhou na tarde de Silverstone, ao ficar com o sexto lugar ao volante de um McLaren, levando a melhor em luta direta com o Renault de Daniel Ricciardo.

Kimi Raikkonen continua a ser um ‘abono de família’ para a Alfa Romeo, voltando a pontuar ao ficar em oitavo, ao passo que Daniil Kvyat foi o nono ao volante de um Toro Rosso. O último ponto ficou com o alemão Nico Hulkenberg (Renault).

Com este resultado, Lewis Hamilton consolidou a sua liderança no Mundial de Pilotos, tendo agora 39 pontos de vantagem sobre Bottas, que é o segundo.