Será certamente a equipa a bater no Mundial de Fórmula 1 em 2021, mas o que todas as suas rivais já sabem é que a tarefa não será fácil. A Mercedes-AMG apresentou o novo monolugar para a temporada de 2021, o W12 E Performance que, partindo da ótima base do seu antecessor, conta com diversas melhorias ao nível da aerodinâmica, suspensão, unidade de potência e sistema de refrigeração. Será com este carro que Lewis Hamilton irá tentar bater o recorde de títulos de Michael Schumacher, com quem está empatado com oito campeonatos do mundo.

Tal como no ano passado, a decoração negra parece ter vindo para ficar, voltando a demonstrar o compromisso da equipa para com a diversidade e inclusão, embora a Mercedes-AMG não se esqueça das raízes prateadas da sua história.

Apesar de todas as limitações em matéria de desenvolvimento e evolução técnica, a Mercedes-AMG não parou de trabalhar no inverno, procurando melhorar um chassis que era já um dos melhores da história da Fórmula 1. Assim, os membros da equipa procuraram novas soluções e melhorias em busca da otimização da performance ao longo dos meses de defeso, sabendo igualmente que algumas das equipas rivais, sobretudo a Red Bull, estão a procurar contrariar a supremacia da equipa de Brackley (sede da Mercedes-AMG).

“Todos os anos, recolocamos a zero o nosso foco e definimos os objetivos certos. Isso pode parecer simples, mas é realmente difícil e é provavelmente por isso que não existem outras equipas lá fora com sete títulos consecutivos. Tantas coisas podem acontecer e é natural que se fique acostumado ao sucesso e, por isso, não lutar convenientemente”, afirma o diretor da equipa, Toto Wolff, dando mais uma vez o mote para a luta deste ano. “Mas esta equipa não mostrou nada disso. Vejo o mesmo fogo, a mesma fome e a mesma paixão agora que vi pela primeira vez, quando entrei em 2013”, acrescenta.

O W12 E Performance de 2021 apresenta melhorias em diversos capítulos, mas também uma nova ligação aos modelos de estrada, sendo através da denominação ‘E Performance’ que os novos desportivos híbridos da Mercedes-AMG serão lançados no mercado. A ideia é tornar a proximidade entre os dois campos mais evidente.

Ao nível de alterações técnicas, o novo monolugar dispõe de melhorias aerodinâmicas, respondendo a algumas mudanças que visam tornar o monolugar mais lento, sobretudo ao nível do fundo plano.

James Allison, diretor técnico, explica que “o que transita [de uma ano para o outro] será diferente de equipa para equipa, porque as regras não requerem que transitem as mesmas coisas. As regras ‘congelam’ uma grande parte do carro, mas depois dão a cada equipa dois ‘tokens’ para gastar nas mudanças do carro”. Assim, há alguma margem de mudança para afinar ou corrigir alguns detalhes menos positivos do monolugar entre as duas épocas.

“A par disso, há algumas partes do carro que podem mudar sem gastar ‘tokens’, por exemplo, a unidade de potência, os sistemas de refrigeração, a suspensão e, claro, todas as superfícies aerodinâmicas”, acrescentou, garantindo que onde a Mercedes-AMG gastou os seus ‘tokens’ será “tornado claro na altura certa”.

Lewis Hamilton e Valtteri Bottas serão os pilotos de serviço da equipa para a nova temporada, sendo de esperar que o duelo entre ambos volte a ser uma parte central da nova época, mesmo que Hamilton deva ser encarado como o grande favorito, não só no seio da formação, mas também na própria modalidade.

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