F1 vai ser neutra nas emissões de carbono em 2030

12/11/2019

A Fórmula 1 pretende mostrar que há muitas formas de ser ‘verde’, comprometendo-se a tornar a sua atividade neutra em termos de emissões de CO2 para a atmosfera.

Num desafio ambicioso para a modalidade, a Fórmula 1 anunciou um plano de sustentabilidade que prevê ter emissões zero de dióxido de carbono em 2030, englobando não só as atividades em pista, mas também as restantes operações daquela modalidade.

Este plano foi desenvolvido após 12 meses de trabalho intenso com a Federação Internacional do Automóvel (FIA), peritos na área da sustentabilidade, equipas e promotores, alcançando-se um plano a médio-prazo que prevê e redução das emissões de CO2, bem como o abandono de plásticos de utilização única.

Em 2025, todos os eventos serão sustentáveis, de acordo com a própria organização, o que quer dizer que serão utilizados materiais sustentáveis e o abandono dos plásticos de utilização singular. Haverá ainda um elevado foco na reciclagem de materiais, com as equipas a fornecerem ainda aos seus adeptos sugestões para uma deslocação mais ‘verde’ para os circuitos.

O CEO da Fórmula 1, Chase Carey, recordou o importante passo em frente dado pela modalidade rumo a uma maior eficiência com a adoção dos motores híbridos V6 num passado recente, mas admite que é preciso atuar em todas as outras áreas.

“Nos seus mais de 70 anos de história, a F1 foi pioneira em numerosas tecnologias e inovações que contribuíram positivamente para a sociedade e que ajudaram a combater as emissões de carbono. Desde a aerodinâmica revolucionária aos conceitos melhorados de travões, o progresso avançado pelas equipas de F1 beneficiou centenas de milhões de carros na estrada atualmente. Poucas pessoas sabem que a atual unidade de potência híbrida da F1 é a mais eficiente do mundo, oferecendo mais potência utilizando menos combustível, logo menos CO2, do que qualquer outro carro”, afirmou Carey.

“Acreditamos que a F1 pode continuar a ser líder para a indústria automóvel e trabalhar com os setores da energia e do automóvel para oferecer os primeiros motores híbridos de combustão interna com emissões zero que reduzam imensamente as emissões de carbono no mundo”, acrescentou ainda.

Ainda assim, apesar dessa declarada eficiência, a F1 pretende aumentar a utilização de combustíveis sustentáveis e de unidades de recuperação de energia mais eficientes para tornar os motores neutros em emissões de CO2.