Mattia Binotto, até aqui diretor técnico da formação de Maranello, foi o escolhido pelo presidente da Ferrari, John Elkann, para assumir o cargo de Arrivabene, que deixa a direção da formação sem ter conseguido o tão almejado título.
No cerne desta decisão estarão alguns erros estratégicos e táticos ao longo da temporada de 2018, como sucedeu na qualificação para o GP do Japão, na qual a Ferrari falhou redondamente na escolha dos pneus, condenando Sebastian Vettel ao oitavo lugar da grelha naquele que era uma das últimas possibilidades de adiar o título de Lewis Hamilton e da Mercedes-Benz.
Além disso, reporta o Autosport.com, existirão informações de desentendimentos entre Arrivabene e Binotto no que diz respeito ao rumo da Scuderia Ferrari, algo que antes das festividades natalícias, o atual diretor da equipa apelidou de “notícias falsas”.
A ligação de Binotto à Ferrari remonta à temporada de 1995, estando quase sempre ligado a cargos de desenvolvimento do motor, incluindo a responsabilidade de conceber a unidade propulsora da temporada de 2009, então com a novidade de incluir o sistema de recuperação de energia KERS numa solução híbrida. A confirmar-se a sua ascensão ao cargo de diretor de equipa, resta saber quem irá suceder ao italiano no desenvolvimento técnico na Ferrari.
A Ferrari persegue o título de pilotos desde 2007, ano em que Kimi Raikkonen conseguiu bater a dupla da McLaren na última corrida (Fernando Alonso e Lewis Hamilton) para conseguir o cetro na sua época de estreia com a equipa depois da saída de Michael Schumacher. Desde então, apesar de sucessivos diretores e de equipas técnicas distintas, a equipa ainda não conseguiu repetir o feito, não obstante as oportunidades perdidas, in extremis, por Fernando Alonso enquanto esteve na Ferrari.