Max Verstappen e a Red Bull continuam a ‘passear’ a sua superioridade no Mundial de Fórmula 1, com o piloto neerlandês a obter o segundo triunfo da temporada, naquela que foi também a segunda ‘dobradinha’ consecutiva da equipa de Milton Keynes, com Sergio Pérez a ficar em segundo lugar. Charles Leclerc (Ferrari) ficou com o lugar mais baixo do pódio num fim de semana em que a estrela foi o seu inesperado companheiro de equipa, Oliver Bearman.

Verstappen partiu da pole position e rapidamente começou a ‘cavar’ uma vantagem que lhe permitiu gerir a prova a seu gosto, com Leclerc a ficar com o segundo posto e Pérez com o terceiro, embora estes dois trocassem de posições à quinta volta, com o auxílio do DRS. Pouco depois, um despiste de Lance Stroll (Aston Martin) obrigou à entrada em pista do safety car, com a grande maioria dos pilotos a optarem por parar nas boxes para montarem pneus novos.

Foi o caso do trio da frente, por exemplo, embora Lando Norris (McLaren), Lewis Hamilton (Mercedes), Guanyu Zhou (Stake Sauber) e Nico Hulkenberg (Haas) tivessem permanecido em pista. No recomeço da prova, Norris viu-se na liderança à frente de Verstappen e de Pérez, embora rapidamente tenha descido na classificação, ao ser ultrapassado pelos Red Bull e ainda pelo Ferrari de Charles Leclerc.

O trio da frente acabou por não se alterar até à bandeira de xadrez, mesmo com cinco segundos de penalização impostos a Pérez, por ter recebido ordem de saída do seu lugar nas boxes de forma incauta, o que obrigou Fernando Alonso (Aston Martin) a travar. Mesmo assim, o ritmo do mexicano foi suficiente para construir uma vantagem superior a dez segundos sobre Leclerc, para que quando esses cinco segundos fossem adicionados ao tempo final a posição não ficasse em risco. Nota, ainda, para a volta mais rápida de Leclerc, o que lhe deu um ponto adicional.

Oscar Piastri (McLaren) ficou com a quarta posição, numa corrida bastante forte do piloto australiano, deixando atrás de si Alonso e George Russell (Mercedes-AMG). O estreante Oliver Bearman ficou com a sétima posição e foi uma das estrelas da corrida. O piloto britânico, que este ano compete na Fórmula 2, foi chamado na manhã de sexta-feira para substituir Carlos Sainz, operado de urgência a uma apendicite, conseguindo qualificar-se em 11º na grelha e, depois, a conseguir o sétimo lugar na corrida.

Aos 18 anos, Bearman demonstrou enorme consistência e boa velocidade para manter atrás de si os bem mais experientes Lando Norris (McLaren) e Lewis Hamilton (Mercedes-AMG), que pararam para montar pneus macios bem mais tarde na corrida, mas que não conseguiram recuperar o tempo necessário para ultrapassar Bearman.

O último lugar nos pontos ficou com Nico Hulkenberg, que também parou bastante tarde, mas que beneficiou sobremaneira da defesa robusta do seu colega de equipa, Kevin Magnussen, que apesar de duas penalizações de dez segundos por motivos distintos, manteve atrás de si pilotos mais rápidos e ajudou a que Hulkenberg pudesse retomar a prova à sua frente.