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GP de Espanha: Reviravolta leva Verstappen ao triunfo e ao comando do Mundial

Max Verstappen. (Créditos: Lars Baron/Getty Images/Red Bull Content Pool)

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Autor de uma ligeira saída de pista logo nas primeiras voltas e sujeito a problemas constantes com o sistema DRS do seu Red Bull, Max Verstappen beneficiou do abandono de Charles Leclerc, com problemas no motor do Ferrari, para obter mais um triunfo esta temporada e, mais relevante, chegar ao comando do Mundial de Pilotos por troca com Leclerc. Sergio Pérez (Red Bull) foi o segundo e George Russell (Mercedes-AMG) subiu ao lugar mais baixo do pódio.

Com Leclerc e Verstappen a segurarem os dois primeiros lugares no arranque, a diferença entre ambos era de dois segundos quando, à nona volta, o piloto neerlandês saiu de pista na Curva 4 (algo que Carlos Sainz, da Ferrari, havia feito também algumas voltas antes), caindo para trás de Russell e de Pérez, que lutavam pelo terceiro lugar. Finda a primeira ronda de paragens nas boxes para mudança de pneus, Leclerc estava seguro no comando, enquanto Russell mantinha Verstappen atrás de si: a braços com problemas intermitentes no DRS do Red Bull, o campeão do mundo não tinha capacidade para superar o Mercedes na reta da meta mesmo sendo claramente mais competitivo.

Com a luta entre Russell e Verstappen, Leclerc foi ampliando a sua vantagem, que era já bem superior a dez segundos, quando um problema de motor à 26ª volta obrigou o anterior líder do campeonato a desistir. Tirando partido de uma estratégia mais agressiva, de um carro superior e de ordens de equipa para que Pérez não fosse uma ameaça, Verstappen chegou ao comando e não mais largou, conseguindo uma vitória importante que o coloca na liderança do Mundial de Pilotos com seis pontos de avanço sobre Leclerc.

Pérez foi o segundo, admitindo sentir alguma “injustiça” com as ordens de equipa para favorecer Verstappen, ao passo que Russell obteve mais um pódio, numa recompensa para aquela que foi uma das suas melhores corridas deste ano.

Carlos Sainz recuperou até ao quarto posto depois da sua excursão inicial, com a qual caiu para fora do top 10, mas deixou a ideia de que voltou a não estar ao seu melhor nível para beneficiar dos problemas do seu colega de equipa. No final, aproveitou os seus pneus mais frescos para passar Valtteri Bottas (Alfa Romeo), mas também viria a ser ultrapassado por Lewis Hamilton (Mercedes-AMG), que no entanto viria a devolver a posição ao espanhol depois de alertado pela sua equipa da necessidade de reduzir o ritmo sob risco de abandonar.

A prova de Hamilton começou de forma negativa, ao dar um toque no Haas de Kevin Magnussen na Curva 4 ainda na primeira volta, furando um pneu e caindo para o fundo do pelotão. O britânico chegou a pedir à equipa para abandonar, mas o resultado final demonstra que a perseverança da equipa compensou.

Bottas terminou em sexto, após uma corrida muito segura, uma vez mais demonstrando a sua competitividade, logo à frente de Esteban Ocon (Alpine), autor de mais uma excelente corrida de recuperação, enquanto Lando Norris (McLaren), a braços com uma indisposição, finalizou a prova no oitavo posto. Corrida ainda mais espetacular para Fernando Alonso (Alpine), que partiu de último para acabar no nono posto, logo à frente de Yuki Tsunoda (AlphaTauri).