Pedro Junceiro
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Lewis Hamilton (Mercedes-AMG) venceu o GP do São Paulo de Fórmula 1 com uma das melhores prestações da sua carreira, mantendo assim bem vivas as suas aspirações ao título. Tendo lidado com duas penalizações este fim de semana, em Interlagos, o piloto britânico superou o seu rival na luta pelo título, Max Verstappen (Red Bull) após uma dura batalha em pista, garantindo assim o triunfo.
Pedro Junceiro
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O fim de semana teve os condimentos certos para ser um dos piores da temporada, pois além da exclusão da sessão de qualificação (devido a uma irregularidade encontrada na asa traseira do Mercedes) que ditou os lugares para a corrida Sprint, na qual foi quinto, teve ainda de lidar com uma penalização de cinco lugares na grelha de partida para a corrida principal, para a qual partiu de décimo.

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Créditos: Pirelli Media
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Por outro lado, Max Verstappen partia de segundo, atrás de Valtteri Bottas (Mercedes-AMG), que tinha sido o melhor na corrida Sprint, dispondo da vantagem posicional para, eventualmente, poder aumentar a sua vantagem no campeonato.

Efetivamente, logo no arranque, Verstappen saltou para o comando, enquanto Sergio Pérez (Red Bull) ficava com a segunda posição pouco depois, com Bottas a ‘escorregar’ para terceiro. Com um ritmo diabólico, Hamilton foi ganhando posições e depressa se encontrou na terceira posição (logo na sexta volta), sendo ajudado por um período de safety car para recuperar o tempo perdido nas voltas iniciais para os dois pilotos da Red Bull.

Poucas voltas depois, Hamilton superou Bottas e encetou um duelo com Verstappen que durou – com paragens nas boxes à mistura – até à 59ª volta, quando conseguiu, finalmente, ultrapassar o seu rival na travagem para a Curva 4, numa manobra que contou com o apoio bem audível dos milhares de adeptos brasileiros.

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Algumas voltas antes, numa manobra algo controversa, Verstappen e Hamilton seguiram para a escapatória naquela mesma curva depois de o neerlandês ter ‘aberto’ demasiado a trajetória. Apesar das críticas de Hamilton e da sua equipa, o diretor de corrida não entendeu que existissem razões para uma penalização a Verstappen por atitude incorreta.

Mantendo o mesmo ritmo impressionante que lhe valeu a recuperação, Hamilton cruzou para um triunfo que lhe foi muito saboroso, impressionante pela sua capacidade de pilotagem e velocidade, contando com um monolugar a 100% que lhe permitiu dar o máximo. A sua corrida só não foi perfeita porque Pérez lhe ‘roubou’ a melhor volta – e o ponto correspondente – na última volta, tirando partido de pneus novos.

Verstappen ficou com o segundo lugar, admitindo que não tinha ritmo para mais, embora mantenha a liderança do campeonato de Pilotos. Bottas foi o terceiro, numa prova em que não pareceu ter a competitividade para se bater com Verstappen e Hamilton, mas também não teve problemas em ficar à frente de Pérez, que foi o quarto e autor da volta mais rápida da corrida.

Isolados e envolvidos na sua própria batalha particular, os dois Ferrari ficaram em quinto e sexto, com Charles Leclerc a ficar à frente de Carlos Sainz, que partiu de terceiro mas que se viu envolvido num contacto logo na partida com Lando Norris (McLaren), o que resultou num furo para o britânico, embora tenha ainda conseguido recuperar até ao décimo lugar.

Pierre Gasly (AlphaTauri) foi o sétimo melhor, à frente dos Alpine de Esteban ocon e de Fernando Alonso.

Na tabela de Pilotos, Verstappen lidera com 332,5 pontos, contra 318,5 pontos de Hamilton, havendo então 14 pontos a separá-los.