Sem grande discussão, o 14º triunfo de Max Verstappen (Red Bull) na temporada de 2023, desta feita no GP do Catar, encerra da melhor forma o fim de semana em que o piloto neerlandês celebrou o seu terceiro título mundial (após o segundo lugar da corrida Sprint no sábado). As restantes posições com direitos a pontos foram bem mais animadas, muito por culpa dos pneus, embora a luta pelo segundo lugar tenha sido resumida aos dois McLaren, com Oscar Piastri a terminar à frente de Lando Norris.

A prova ficou marcada por muitas penalizações por desrespeito aos limites da pista e, também, pelo problema que a Pirelli detetou em relação aos seus pneus, devido aos corretores bastante agressivos que delimitam o circuito. Para evitar problemas de segurança ao nível da estrutura dos pneus, a FIA decretou que nenhum jogo de pneus – independentemente do composto – poderia fazer mais de 18 voltas.

Empenhado em celebrar o fim de semana do seu terceiro título mundial com mais um triunfo, Max Verstappen deu melhor uso à sua pole position e começou a ‘montar’ uma vantagem no primeiro turno que o deixou a salvo dos seus rivais, sobretudo face aos McLaren. Isto porque a Mercedes, que tinha os seus dois pilotos colocados logo atrás de Verstappen na grelha de partida, não evitaram um toque entre si, com Lewis Hamilton a abandonar e George Russell a prosseguir em prova, recuperando depois até ao quarto lugar.

Oscar Piastri manteve-se perto de Verstappen no primeiro turno, embora gradualmente perdendo tempo, percebendo-se desde logo que o Red Bull com o número 1 tinha tudo para reeditar mais um triunfo nesta temporada, o que se viria a confirmar ao cabo das 57 voltas.

Piastri terminou em segundo, mas com Norris praticamente colado, tendo o britânico sido ‘proibido’ de atacar o seu colega de equipa no último turno da prova, o que causou algum desconforto a Norris. No entanto, nada se alterou e a equipa de Woking completou mesmo o pódio da corrida do Catar, confirmando as melhorias verificadas nas últimas corridas.

Russell foi o autor de uma grande recuperação, tendo sido obrigado a parar logo na primeira volta para verificar eventuais danos no seu carro após o contacto na primeira curva com Hamilton, que admitiu a sua culpa após a prova. O quarto lugar na meta acaba por coroar os seus esforços.

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Charles Leclerc foi o quinto após uma corrida relativamente discreta, sem ritmo para ombrear com os McLaren e com os Mercedes, batendo-se então com o Aston Martin de Fernando Alonso. Leclerc foi também o único piloto da Ferrari em prova, já que o carro de Carlos Sainz não chegou a ser colocado na grelha de partida depois de lhe ser detetado um problema relacionado com a bomba de combustível do carro italiano.

O espanhol Fernando Alonso não evitou uma saída de pista quando estava à frente de Leclerc, que deu a possibilidade ao monegasco de o ultrapassar, perdendo tempo depois que acabou por confiná-lo ao sexto posto final, ao passo que Esteban Ocon (Alpine) foi o sétimo, autor também de uma boa prova.

Nos lugares seguintes ficaram os Alfa Romeo de Valtteri Bottas e Zhou Guanyu, que tiraram partido das penalizações impostas a pilotos à sua frente, como Pierre Gasly (Alpine), penalizado três vezes em cinco segundos por desrespeito dos limites da pista, assim como Lance Stroll (Aston Martin) e Sergio Pérez (Red Bull), embora o mexicano tenha conseguido ficar com o último ponto disponível depois de ter começado da via das boxes.

O calor (temperatura ambiente em torno dos 30º C) e a humidade bastante elevada (acima dos 70%) causou alguns problemas físicos aos pilotos, com Logan Sargeant (Williams) a abandonar mesmo a prova devido à desidratação causada pelo esforço de pilotagem em tais condições.

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