A estabilidade a médio prazo da Fórmula 1 está garantido, depois de as dez atuais formações que competem na modalidade terem assinado a mais recente versão do Pacto da Concórdia, que garante o equilíbrio regulamentar e a aceitação da repartição do bolo financeiro entre as diversas equipas.

Geralmente envolto em negociações difíceis entre as equipas e a entidade detentora dos direitos comerciais da modalidade, atualmente a Liberty Media, devido à divisão dos prémios monetários, o Pacto da Concórdia assinado agora pelas dez equipas garante a aceitação tácita da divisão dos valores monetários e estabelece um quadro regulamentar estável para os próximos anos.

O atual acordo deveria expirar no final deste ano, devendo todas as equipas que queiram participar na modalidade assiná-lo. O próximo acordo entrará em vigor no início de 2021 e durará até ao final de 2025, ou seja, um período de cinco anos, sendo o primeiro negociado e gerido sob a liderança de Chase Carey, atual CEO da Liberty Media.

Um dos processos mais complexos a enfrentar pelas equipas é o do teto orçamental, que irá impor um limite máximo de gastos com o desenvolvimento de monolugares, mantendo, no entanto, algumas liberdades, como o salário dos pilotos ou ações de marketing de fora dessa limitação. A ideia é aproximar o pelotão e eliminar as grandes diferenças entre as equipas de topo e as do fundo da tabela.

Curiosamente, desta feita, três das equipas mais antigas do pelotão foram as primeiras a assinar o acordo, com a Ferrari, Williams e McLaren a assinarem o compromisso ontem, antes de as restantes sete assinarem o acordo esta quarta-feira de manhã, o que coloca um ponto final na especulação relativa a um potencial abandono da Mercedes-AMG ou da Haas.