Ott Tanak, que já não vencia desde o Rali da Finlândia de 2021, ou seja, há 462 dias, demonstrou-se sempre em boa forma no Rali da Sardenha, com uma prestação dominante perante os seus rivais. No final da prova, o piloto da Estónia dispôs de mais de um minuto e meio de vantagem sobre Craig Breen.
A sua candidatura ao triunfo ficou ainda mais explícita quando o seu rival mais forte nesta prova, o finlandês Esapekka Lappi, arrancou uma roda do seu Toyota GR Yaris Rally1 logo na primeira especial de sábado. Lappi, que liderava a prova por escassa margem naquele momento, ficou fora de prova e deixou caminho ‘aberto’ para Tanak regressar aos triunfos desde que a mecânica do seu i20 Rally1 cooperasse, o que acabou por acontecer.
“Foi muito difícil, sobretudo no início desta era [híbrida]. Estamos verdadeiramente muito contentes, especialmente pelos mecânicos – eles esforçaram-se incrivelmente ao longo do ano passado e no início deste ano. O rali não foi fácil, mas eles fizeram um ótimo trabalho para manter o carro no seu melhor”, referiu Tanak no final da prova, acrescentando que conseguiram efetuar algumas evoluções desde o Rali de Portugal, no qual confessou “grandes dificuldades”.
Para Breen, o segundo lugar nos troços extenuantes da Sardenha foi muito celebrado, sendo também o seu melhor resultado de sempre ao serviço da M-Sport Ford. O irlandês conseguiu também manter-se a ‘salvo’ de qualquer ataque de Dani Sordo, com o espanhol a ficar-se pelo terceiro posto, a cerca de 30 segundos do homem da Ford.
Pierre-Louis Loubet alcançou o seu melhor resultado da carreira, levando o Ford Puma Rally1 ao quarto posto depois de ter chegado a estar nos lugares do pódio antes de um furo o ter atrasado por alguma margem. Ainda assim, manteve também Kalle Rovanperä a uma distância considerável, num rali que se revelou complicado para as hostes da Toyota, a começar pelo facto de o finlandês ter começado a prova com a difícil tarefa de ‘abrir’ a estrada, logo perdendo muito tempo nos troços sujos e com muita terra solta. Em sexto ficou outro carro da marca nipónica, pilotado por Takamoto Katsuta, enquanto Elfyn Evans desistiu por duas vezes, nas etapas de sexta-feira e de sábado.Thierry Neuville (Hyundai) também não teve uma prova muito feliz, capotando o seu carro no sábado, mas logrou vencer a ‘Power Stage’ final que dá cinco pontos ao mais rápido na derradeira classificativa da prova, assim limitando os danos no campeonato, no qual dista a 55 pontos de Rovanperä.
A próxima prova do Mundial de Ralis terá lugar no Quénia, entre 23 e 26 de junho, para mais uma edição do emblemático Rali Safari.
Classificação final
1. O Tänak/M Järveoja Hyundai i20 N 3hr 10min 59.1sec
2. C Breen/P Nagle Ford Puma +1min 3.2sec
3. D Sordo/C Carrera Hyundai i20 N +1min 33.0sec
4. PL Loubet/V Landais Ford Puma +2min 9.4sec
5. K Rovanperä/J Halttunen Toyota GR Yaris +3min 2.8sec
6. T Katsuta/A Johnston Toyota GR Yaris +4min 2.6sec
Campeonato de Pilotos
1. K Rovanperä 120 pts
2. T Neuville 65 pts
3. O Tänak 62 pts
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