Rali de Portugal/Etapa 2: Sustos de Tanak deixam tudo em aberto para o dia final

Num dia em que apanhou alguns sustos nas classificativas, Ott Tanak (Toyota Yaris) terminou o dia mais longo do Rali de Portugal no comando, mas perdeu uma parte significativa da vantagem que detinha anteriormente. Adicionando mais emoção ao dia de amanhã, o terceiro classificado, Thierry Neuville (Hyundai) aproximou-se do duo da frente e faz com que os três primeiros estejam separados por menos de dez segundos.

Tanak começou o dia com uma boa vantagem sobre o seu colega de equipa, Jari-Matti Latvala, mas uma toada de ataque deste último na manhã colocou os dois pilotos da Toyota separados por 5,1s.

Mas, na parte da tarde, na primeira classificativa, Latvala começou a sentir os efeitos de um amortecedor partido, perdendo tempo de forma sucessiva até abandonar antes da última especial, Amarante 2.

Por outro lado, o dia ficou ainda marcado pela jogada tática da Hyundai, que na tentativa de ajudar as hipóteses de Thierry Neuville na luta pelo pódio decidiu colocar os seus pilotos já atrasados na classificação, Dani Sordo e Sébastien Loeb, à frente de Neuville na ordem de partida para ajudar a limpar a estrada para o belga. Sébastien Ogier (Citroën) deixou assim de ter dois pilotos na limpeza da estrada à sua frente para ser Neuville a beneficiar disso.

Alheio à polémica, Ott Tanak cedeu 12,1 segundos durante a manhã, quando um tubo do sistema de travagem do seu Yaris sofreu um corte, obrigando o estónio a parar num troço de ligação para o reparar.

Na tarde, o estónio começou por responder, sendo o mais rápido na segunda passagem por Vieira do Minho e ganhando 14,8 segundos a Latvala, já a braços com problemas nos amortecedores do seu Yaris WRC.

O problema intensificou-se na segunda passagem por Cabeceiras de Basto, o troço com o piso mais degradado, levando a equipa a optar por retirá-lo da prova e evitar mais estragos. Latvala, contudo, regressa este domingo, no sistema Rally2, que autoriza o piloto a regressar à competição.

Na derradeira especial do dia, foi a vez de Tanak partir o amortecedor dianteiro direito, perdendo então 12,8 segundos para Neuville. Assim, quatro pilotos chegam aos derradeiros 51,77 quilómetros separados por apenas 21 segundos, sendo esta a distância de Ogier para o comandante.

Esapekka Lappi (Citroën) adotou um ritmo mais forte e conseguiu chegar ao final do dia 2 com o quinto posto, distanciado-se de Teemu Suninen (M-Sport Ford), que tem atrás de si o seu colegade equipa Elfyn Evans. Gus Greensmith, que também tinha demonstrado bom andamento com um Fiesta WRC da M-Sport, abandonou depois de um despiste.

Já no Campeonato de Portugal de Ralis (CPR), Armindo Araújo garantiu o primeiro triunfo do ano e continua a ser o melhor português, no 18.º lugar, a 15 minutos de Tanak.

Este domingo disputa-se o último dia do Rali de Portugal, com cinco especiais cronometradas, em Montim, por duas vezes, Fafe, também em dose dupla, e Luílhas, num total de 51,77 quilómetros.