O piloto madeirense conquistou com brilho e muito mérito a sexta vitória nos últimos cinco anos – terceira consecutiva — e ampliou o recorde de triunfos na prova do Clube Sports da Madeira.
Líder desde a 4.ª classificativa, após Kris Meeke (Hyundai) e Giandomenico Basso (Skoda) terem passado pelo comando, Camacho não mais largou o 1.º lugar, tendo ganho oito das 14 especiais realizadas, uma vez que Câmara e Lobos-2 foi anulada por razões de segurança.
A supremacia do vencedor começou a desenhar-se com a saída de cena do britânico e os azares de Miguel Nunes ainda na fase jnicial do rali, incidências que reduziram o lote de candidatos ao triunfo.
O italiano Basso e, até à reta final da 1.ª etapa, José Pedro Fontes, foram os únicos a fazer jogo igual com Alexandre Camacho, que contou até à derradeira etapa com a oposição do transalpino; todavia, incapaz de suplantar o madeirense.
Liderança consolidadaAo longo da manhã do último dia, Alexandre Camacho consolidou a liderança, ampliando de modo gradual a diferença face a Giandomnencio basso. Apenas por uma vez, o italiano logrou ganhar tempo, mesmo assim, um escasso segundo, ao madeirense, que assinou o melhor tempo em três das quatro classificativas, terminando a secção matinal com 15,3 segundos a vantagem, a maior diferença registada até ao momento.
O fosso entre os dois primeiros deixava o líder (ainda) mais tranquilo, até pelo facto de Basso considerar apreciável a desvantagem face ao líder, admitindo que não ia baixar os braços.
Afastado da luta pela vitória, consequência do tempo perdido na fase final da etapa da véspera, José Pedro Fontes (Citroën) permaneceu intocável na 3.ª posição em termos absolutos e na liderança entre os concorrentes do CPR.
O italiano Simone Campedelli (Skoda) mantinha, em problemas, a 4.ª posição, enquanto a luta pelo 5.º lugar continuou renhida, com Diego Ruiloba em destaque. O piloto espanhol do Citroën terminou a manhã à frente de Armindo Araújo (Skoda), em nítida melhoria em termos de performances graças a escolha de pneus mais acertada, e de Ricardo Teodósio (Hyundai). Um trio separado na altura por 2,7 segundos.
Entretanto, Bernardo Sousa colocou o Citroën a fechar o top 10, por troca com Paulo Meireles (Hyundai), pouco feliz ao longo da manhã.
Na reta final, Armindo Araújo conquistou a 5.ª posição ao jovem Diego Ruiloba, que rubricou auspiciosa estreia na Madeira, tendo assinado tempos de relevo face a pilotos com muito mais experiência e conhecimento do terreno.
«Correu tudo bem», sublinhou o vencedor
No final, Alexandre Camacho sublinhou que foi «um rali muito difícil até pelas condições atmosféricas, mas correu tudo bem e estamos muito satisfeitos com esta vitória», sublinhou o vencedor, que terminou com 20,6 segundos e diferença para Basso.
«Viemos para lutar pela vitória; mas, no final do primeiro dia na estrada, percebemos que não tínhamos hipótese, pois perdemos muito tempo nos dois últimos troços. Daí em diante, o nosso objetivo era defender o CPR e tentar ganhar a power stage», referiu Fontes.
«Demos um passo importante no campeonato, que queremos ganhar». e vamos tentar», sublinhou.
Para Armindo Araújo, o 5.º lugar 82.º no CPR) foi o resultado de «um rali positivo, tanto mais que o carro é completamente novo e não uma versão melhorada do anterior. Exige uma filosofia diferente», explicou o piloto de Santo Tirso, que terminou á frente de Diego Ruiloba (6.º classificado).
Com alguma insatisfação, pois «queríamos mais», Ricardo Teodósio )7.º) completou o pódio do CPR e lamentou o facto de «não termos feito Câmara de Lobos-2», o que, no entendimento do piloto do Algarve, reduziu a possibilidade de recuperar algum terreno.
Ver classificação em:
https://www.ewrc-results.com/results/80357-rali-vinho-da-madeira-2023/?s=427136
Campeonato de Portugal
1.º Miguel Correia, 106 pontos
2.º José Pedro Fontes, 98
3.º Ricardo Teodósio, 94
4.º Armindo Araújo, 82
5.º Bernardo Sousa, 59
6.º Kris Meeke, 56
Próxima e penúltima prova:
Rali da Água/Transibérico Eurocidade Chaves-Verin, dias 15 e 16 de setembro