Inicialmente, a Aston Martin foi uma das marcas que mais apoiou a transição do Mundial de Endurance (WEC) para o regulamento dos Hypercars, chegando a dar fortes indícios de que a sua participação estaria quase certa enquanto desenvolvia o Valkyrie. Porém, a marca britânica viria a colocar a ideia em suspenso pouco depois, apenas para confirmar, agora, o seu regresso à categoria rainha da resistência automóvel.
Prefigura-se, assim, uma competição nunca antes vista entre muitos dos maiores fabricantes mundiais, com marcas como a Toyota, Ferrari, Lamborghini, Porsche, BMW, Cadillac, Alpine ou Peugeot já asseguradas no Mundial, entre aquelas que se estrearam este ano e as que se vão juntar para o próximo, esperando-se uma grelha composta por imensos carros de categoria principal.
O Valkyrie em formato Hypercar será desenvolvido em parceria com Heart of Racing, com um exemplar inscrito em cada uma das categorias principais dos dois campeonatos de resistência mais importantes, o WEC e o IMSA, este último nos Estados Unidos, mas partilhando uma boa parte dos regulamentos técnicos – ainda que sob a égide dos LMDh. Está assim assegurada a participação da Aston Martin em três das maiores provas mundiais de resistência – as 24 Horas de Le Mans, as 24 Horas de Daytona e as 12 Horas de Sebring.
Sobre esta decisão, Lawrence Stroll, Presidente executivo da Aston Martin Lagonda, referiu que “a performance está no sangue de tudo o que fazemos na Aston Martin e o automobilismo é a derradeira expressão desta perseguição da excelência. Temos estado presentes em Le Mans desde os primeiros tempos e através destas aventuras gloriosas conseguimos vencer em Le Mans em 1959 e a nossa classe 19 vezes nestes últimos 95 anos. Agora queremos voltar à cena desses primeiros triunfos na esperança de escrevermos uma nova história com um protótipo de competição inspirado no carro de produção em série mais rápido que a Aston Martin alguma vez produziu”.
O Valkyrie irá utilizar uma versão alterada do motor V12 atmosférico de 6.5 litros, que na sua versão de base permite debitar mais de 1000 CV de potência e atingir as 11.000 rpm. No entanto, a marca descarta a utilização do sistema híbrido neste seu protótipo de competição, pelo que o equilíbrio de performances terá de ser feito apenas e só com base na vertente do motor de combustão, algo que nenhuma das outras marcas de ponta assumiu na sua incursão pelos novos regulamentos (as exceções foram equipas como a Vanwall ou a Scuderia Glickenhaus).Uma vez homologado, o Valkyrie de competição será desenvolvido pela Heart of Racing para os campeonatos WEC e IMSA, assumindo-se como o único com desenvolvimento partilhado com um modelo de produção.
A marca britânica anunciou ainda que manterá o seu compromisso para com as categorias inferiores de competição, nomeadamente, as GT3 e GT4 com base na plataforma Vantage, consolidando assim a grande novidade que é a regulamentação dos carros de GT que estarão na grelha no WEC em 2024 em vez dos atuais GTE.
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