Visto de qualquer ângulo, é difícil dizer de que SUV este X2 deriva e com razão, pois só partilham duas peças da carroçaria: a antena e os puxadores da porta. Mais curto e mais baixo que o X1, este coupé destila charme e pisca o olho ao vasto passado desportivo da marca, com o símbolo da BMW colocado no montante traseiro, a exemplo do que acontecia com o 3.0 CSL, coupé produzido entre 1968 e 1975.
Esta versão, equipada com o pack “M Sport”, distingue-se exteriormente pelas jantes de 19 polegadas, uma dupla saída de escape e largas entradas de ar na parte frontal. Já o interior é o mesmo do BMW X1, com um espaço a bordo suficiente para quatro adultos e uma bagageira com capacidade para 470 litros, fácil de carregar, apesar de um ligeiro degrau.
Encontrar uma boa posição de condução é extremamente fácil e, após regularmos os bancos (com muito bom apoio lateral) e o volante, tudo fica à mão e mesmo o monitor central está virado para o condutor. Conduzimos não demasiado altos, mas o suficiente para termos uma boa visibilidade para o que se passa lá mais à frente.
No entanto, este formato “coupé” traz alguns constrangimentos na visibilidade traseira, pois o óculo tem dimensões algo reduzidas e mesmo para a frente, nas curvas à esquerda, a conjugação de um pilar muito inclinado com a colocação do retrovisor exterior algo avançada, fazem com que tenhamos de ter cuidados redobrados pois fica muita estrada tapada.
Despachado e seguroA unidade que ensaiamos (cedida pela Caetano Baviera) utiliza o motor 2 litros, de 190 cavalos e um binário de 400 Nm, disponível logo desde as 1750 rotações, e tração às quatro rodas. Uma configuração que se mostra à altura dos cerca de 1.675 quilos, assegurando acelerações ao nível de alguns desportivos (faz 7.7 segundos na clássica medição dos 0 as 100 km/h, para uma velocidade máxima de 221 km/h) e um comportamento exemplar em estrada.
O X2 raramente nos deixa em apuros, seja numa estrada sinuosa de montanha, seja em piso molhado. Mesmo que abordemos uma curva com demasiado otimismo, a tração integral encarrega-se de “desenhar” dois carris na estrada que este BMW segue fielmente.
A somar a isto juntam-se as dimensões mais compactas que as do X1 (menos oito centímetros em comprimento, para um total de 4,36m e sete centímetros mais baixo, ultrapassando em pouco o 1,52 m), que tornam o X2 um SUV ágil e divertido de conduzir.
A diversão paga-se um pouco cara, pois o XDrive 20 que ensaiamos custava 72.895 euros, um preço “inflacionado” pelos opcionais daquela unidade, pois quase oito mil euros diziam respeito à versão Desportiva M e ao sistema de navegação Plus.
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