Depois de se lançar nos mercados considerados mais importantes, a Polestar desenha o seu plano de expansão em 2022 para outras paragens na Europa, procurando chegar ao final de 2023 com presença em cerca de 30 países, quase duplicando a sua presença face os 19 países do início de 2022. Portugal é agora um dos contemplados, com o novo Polestar 2 , lançado inicialmente em 2020, a chegar às estradas ainda este ano.

O primeiro aspeto a salientar do Polestar 2 é a sua vertente estética. Tendo como CEO um designer, nomeadamente o ex-designer da Volvo, Thomas Ingenlath, esta berlina sobrelevada (talvez não seja correto categorizá-lo como um SUV na sua verdadeira aceção da palavra) impõe-se de forma evidente tanto em movimento, como parado. Naturalmente, existem algumas semelhanças estéticas também com os ‘primos’ da Volvo. Afinal, os genes de família estão sempre presentes.

O mesmo sucede no interior, com algumas semelhanças em termos de comandos e de ergonomia face aos Volvo, sendo de esperar também uma maior diferenciação com os próximos modelos. Seja como for, algo que é também palpável é a noção de qualidade e rigor de construção, tanto exterior, como interior. Painéis integrados de forma minuciosa, ótima escolha de materiais e padrões de montagem superiores são argumentos deste Polestar 2.

Na primeira experiência de condução, de cerca de duas horas pela cidade de Lisboa, tivemos acesso à primeira unidade deste modelo matriculada em Portugal na configuração Long Range Single Motor, portanto com a bateria de 78 kWh e motor elétrico singular de 170 kW com tração dianteira.

Uma combinação mais do que suficiente para um desempenho veloz, apto para toadas urbanas e para ambições mais desportivas fora da grande urbe, merecendo sobretudo destaque as prestações.

Também muito convincente a qualidade de rolamento. Mesmo sendo assumido como um automóvel de índole mais desportiva, logo mais firme, o Polestar 2 não deixa de ser refinado na passagem por piso deteriorado, nomeadamente no empedrado desnivelado e repleto de remendos de alcatrão, sendo acompanhado ainda pela insonorização.

Faltou uma passagem por estradas mais sinuosas (‘tempus fugit’, ou o tempo foge…) para averiguar as suas eventuais capacidades dinâmicas mais apuradas atendendo ao trabalho específico do chassis, mas também aos cerca de 2000 kg de peso que acarreta.

Nota ainda para a variabilidade de configuração no modo de condução ‘one pedal’, ou seja, podendo escolher a intensidade da regeneração e da desaceleração, mas também a sensibilidade da direção. Com a desaceleração no máximo, pisar o travão torna-se pouco relevante na maior parte da situações.

Sem muito tempo, a primeira impressão que ficou do Polestar 2 é a de um automóvel com vistosa aptidão qualitativa na condução e na construção, valendo-se ainda de componente tecnológica muito apurada que podem ser argumentos mais do que suficientes para convencer os adeptos da mobilidade elétrica e incentivar os demais a fazer a transição. Falta ensaio mais longo para perceber se o apetecido dinamismo está presente.

Saiba mais sobre o Polestar 2 no artigo de apresentação do modelo e da marca.

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