A gasolina temos o potente 1.6 DIG-T, com 190 cavalos (modelo que merece uma atenção muito especial) e o 1.2, de 115 cavalos, que o Motor24 ensaiou, e o Diesel 1.5 dCi, de 110 cavalos. Se o espaço interior fosse o primeiro fator de escolha, este Pulsar arrasava os concorrentes. Chega a competir, nos lugares traseiros, com berlinas de dois segmentos acima…
Já o dissemos, a “embalagem” é discreta, mas não é desagradável. Acostumamo-nos a ver aquela frente nos Qasqhai mas a traseira parece-nos um tudo ou nada insípida. O defeito deve ser mesmo nosso, pois encontramos muito indefetíveis da marca que compravam o Pulsar sem hesitar.
O interior beneficie de uma distância entre eixo quase “sobrenatural” de 2,70 metros, que permite viajar nos bancos traseiro com a perna traçada e ter inúmeros espaços de arrumação. Mas também peca por algum conservadorismo, apesar de não estar em causa a ergonomia dos principais comandos.
Onde este Pulsar (aqui na versão Navi) dá cartas é no equipamento. De série ou como opcional temos a câmara de visão 360º, incorporado no novo sistema NissanConnect de navegação por satélite, Bluetooth e áudio, o sistema de anticolisão frontal, que pode acionar os tavões automaticamente se detetar que o impacto é inevitável, o avisador de mudança involuntária de faixa, de ângulo morto ou a Deteção de Objeto em Movimento que, utilizando o sistema da câmara de visão 360º ajuda a ver o que se encontra no trajeto nas manobras de marcha atrás.
Como curiosidade assinale-se a forma como a Nissan lida com a sujidade da câmara traseira. Usando um software que a marca diz ser capaz de processar mais de 15 milhões de pixéis por segundo, o sistema deteta a obstrução da lente e projeta um jato de água para limpar a sujidade. Para eliminar o problema da lente húmida atrair mais sujidade, é utilizado também ar comprimido que sopra sobre a lente para a secar.O sistema determina automaticamente o melhor método de limpeza, por exemplo, utilizando apenas um jato de ar para remover sujidade ou uma pequena quantidade de água para limpar gotas de chuva.
Suavidade
O modelo faz algum sucesso como viatura de serviço e se o reinado do Diesel está a tremer, a Nissan tem o motor indicado para este Pulsar: o 1.2 DIG-T. Um primor de suavidade, que se serve de uma caixa de seis velocidades bem escalonada para levar os 1258 quilos do Pulsar aos 190 km/h e a acelerar dos 0/100 km em 10,7 segundos. Despachado este familiar…
Este motor oferece uma boa disponibilidade a quase todos os regimes (é um tudo nada preguiçoso abaixo das 2000 rpm), não sendo necessário recorrer muitas vez à caixa para registar uma boa velocidade média. O que vale por dizer que os consumos são muito interessantes, dificilmente ultrapassando os 8l/100km numa condução (muito) apressada e rondando facilmente os 6l/100km.
Em estrada o Pulsar volta a surpreender. O chassis permite ao Pulsar ser extremamente ágil bem secundado por uma direção precisa e digna dos melhores encómios. Segue a trajetória definida pelo condutor sem se desviar um milímetro, e a suspensão, com o seu quê de dureza, mantém tudo nos eixos.
Como se tudo isto não fosse já suficiente, o que impressiona neste Pulsar, e já o tínhamos sentido na versão de 190 cv, é a insonorização. Ao ralenti mal se dá pelo motor e, em andamento, apenas alguns ruídos aerodinâmicos perturbam o ambiente a bordo.
São de esperar viagens serenas, confortáveis e custos contidos. Se é verdade que o 1.2 DIG-T não gasta tão pouco como a marca anuncia (6,3 l/100 km em na cidade, 4,3 em estrada e cinco litros em circuito misto) também não arruína definitivamente o orçamento familiar.
Os preços do Pulsar começam nos 16.750 euros (gasolina versão Visia), vão aos 24.300 do 1.5 dCi Visia e culminam nos 27.650 euros do 16. DIG-T 190 cv N-Connecta.
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