Yamaha NMAX e D’elight 125: a mobilidade urbana acaba de ganhar mais duas alternativas

21/04/2021

Se noutras cidades europeias a utilização massiva de scooters sempre foi motivo de fascínio ao visitar Paris, Roma ou Barcelona, por cá o principal meio de transporte nos meios urbanos sempre foi sobretudo o automóvel. Porém, esta realidade tem vindo a mudar, nos últimos anos a locomoção em todos os formatos e feitios de duas rodas aumentou exponencialmente, e nela estão incluídas as scooters. É certo que o turismo e os serviços de entregas das plataformas digitais tiveram uma grande influência, mas os condicionamentos do trânsito juntamente com o aumento dos preços do combustível e do estacionamento levaram as pessoas a procurar alternativas ao carro.

A nova realidade causada pela pandemia Covid-19 será certamente um catalisador para mais gente optar por soluções para a sua mobilidade pessoal. Nesse âmbito, a NMax e a D’elight 125 são duas propostas da Yamaha a ter em conta, e que podem ser conduzidas com carta de condução da categoria B.

A D’Light é uma opção que desde logo pelo seu design irá agradar ao público feminino. O baixo peso juntamente com as suas linhas orgânicas, fluídas e um certo apelo retro convidam a uma utilização prática, simples e descontraída. A solo, o pequeno motor 125 cc Bluecore tem garra suficiente para nos desembaraçar no meio do trânsito, a roda da frente com 12” dá uma ajuda preciosa nas linhas de elétrico e ruas em mau estado e a travagem combinada a confiança para parar em segurança.

a tecnologia Start & Stop goza de uma frugalidade que quase nos faz esquecer que é preciso pôr gasolina

Com a tecnologia Start & Stop goza de uma frugalidade que quase nos faz esquecer que é preciso pôr gasolina. O sistema é muito rápido, desligando-se quando paramos por mais de 3 segundos, bastando soltar os travões ou acelerar para voltar a funcionar. É possível desligá-lo, mas só com ele ligado será possível fazer consumos anunciados de 1,8 l/100 km.

Por muito bonito que seja o design, de pouco serve se não for funcional e a D’elight acertou nos dois, apesar de o “cockpit” nos parecer um pouco acanhado. Sentimo-nos um pouco em cima dos comandos, mas só deverá ser um problema para alguém com mais de 1,80m. Na plataforma lisa é possível transportar um saco de desporto entre os pés, e o saco do pão preso no gancho situado abaixo do guiador, até a tampa do depósito de gasolina está convenientemente colocada no lado oposto da ignição. Debaixo do banco há espaço para um capacete integral mais uma pequena mochila ou outros objetos que ficam inclusivamente protegidos da chuva.

a chave fica no bolso, basta aproximar-nos para o sistema a detetar

A NMax é sozinha a responsável por 60% das vendas de scooters Yamaha na Europa. Agora equipou-se a rigor para disputar a liderança do segmento, e, para isso viu a sua imagem redesenhada, conferindo-lhe um aspeto desportivo, e mais próximo das “irmãs mais velhas” da gama XMax. A sensação de estarmos a conduzir uma scooter com valor acrescentado torna-se evidente quando nos deparamos com as melhorias introduzidas: a chave fica no bolso, basta aproximar-nos para o sistema a detetar, a qualidade dos acabamentos, a ótica dianteira confere agora uma personalidade mais vincada e a luz é em LED, as carenagens têm no seu design soluções que melhoram a proteção em caso de queda.

Mas as mudanças são também muitas no interior, a começar pelo quadro tubular que oferece mais rigidez e espaço para o condutor na zona dos pés, o motor que conta agora a tecnologia “mild-hybrid”, já utilizada nos automóveis, mas que faz todo o sentido ser aplicada nas scooters uma vez que o motor de arranque /gerador atua diretamente na cambota e dispensa a utilização de mais carretos, ajudando assim a reduzir o peso. O seu funcionamento permite que o sistema start/stop seja acionado logo que o motor esteja na temperatura ideal, fazendo com que o tempo de espera quando estamos parados por exemplo num semáforo seja praticamente inexistente.

Há ainda a Atuação Variável das Válvulas que na prática faz com que o motor seja mais solícito nas baixas rotações, e que continue “vivo” para lá das 6000rpm. A subida de rotação é muito linear, e a resposta ao acelerador é sempre pronta, em conjunto com a sua agilidade, poder de travagem e conforto, confirma a NMax como uma opção perfeita para as deslocações urbanas. É fora do centro urbano, num IC ou numa via rápida que a NMax 125 se sente menos à vontade, ao lutar para manter uma velocidade de cruzeiro aceitável, fruto também da parca proteção aerodinâmica, penalizando com isso o consumo de combustível.

o controlo de tração para os menos experientes será sempre mais uma segurança

Apesar de ter apenas 12 cv conta ainda com controlo de tração, o que para quem anda de moto há muitos anos pode parecer um exagero, mas para os menos experientes será sempre mais uma segurança. Nunca são demais todas as ajudas sempre que o chão tenha pouca aderência.

Os smartphones são uma presença incontornável na vida da maioria das pessoas, e para quem não se pode separar deles a Yamaha facilitou a vida, ainda que de uma forma básica: é possível ligar o smartphone por Bluetooth à NMax, muito embora não permita fazer ou atender chamadas. Podemos sim, ver no painel de instrumentos LCD da NMax ícones específicos para mensagens, chamadas e-mails, ou ainda o estado da bateria do smartphone, para o qual há uma tomada de 12 v caso seja necessário. A conveniência existe ainda na forma de arrumação, com um compartimento fechado abaixo do guiador, mas que é uma pena que não tenha chave. Já debaixo do banco foi possível guardar um capacete integral tamanho M, juntamente com mais alguns objetos.

Com o desconfinamento a começar a acontecer, os carros regressam às estradas, se quer evitar o trânsito uma destas propostas poderá ser a certa para si.

Ficha técnica

Yamaha D’elight 125 2021

MOTOR

Tipo: monocilíndrico a 4 tempos, SOHC, 4 válvulas, com arrefecimento líquido, Euro5

Cilindrada: 125 cc

Diâmetro x curso: 52,4×57,9 mm

Taxa de compressão: 10.2:1

Potência máxima: 6,2 kW(8,4 CV) às 7000 rpm

Binário máximo: 9,8 Nm(1 kgm) às 5000 rpm

Sistema de lubrificação: cárter húmido

Alimentação: injeção de combustível

Sistema de ignição: TCI

Arranque: eléctrico

Transmissão: automática, com correia trapezoidal

Consumo de combustível: 1,8L/100km

Emissões CO2: 42g/km

CICLÍSTICA

Suspensão dianteira: forquilha telescópica com 81 mm de curso

Suspensão traseira: braço oscilante, 68 mm de curso

Travão dianteiro: Disco

Travão traseiro: Tambor

Pneus (Fr./Tr.): 90/90 x 12’ e 100/90 x 10’

DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES

Comprimento total: 1805 mm

Largura total: 685 mm

Altura total: 1160 mm

Altura do assento: 800 mm

Distância entre eixos: 1275 mm

Distância mínima ao solo: 125 mm

Peso: 101 kg

Capacidade do depós. Combustível: 5,5 l

Preço: a partir de 2725 euros

Yamaha NMax 125 2021

MOTOR

Tipo: monocilíndrico a 4 tempos, SOHC, 4 válvulas, com arrefecimento líquido, Euro5

Cilindrada: 125 cc

Diâmetro x curso: 52×58,7 mm

Taxa de compressão: 11.2:1

Potência máxima: 9 kW(12,2 CV)/8000 rpm

Binário máximo: 11,2 Nm(1,1 kgfm)/6000 5000 rpm

Sistema de lubrificação: cárter húmido

Alimentação: injeção de combustível

Sistema de ignição: TCI

Arranque: eléctrico

Transmissão: automática, com correia trapezoidal

Consumo de combustível: 2,2L/100km

Emissões CO2: 52g/km

CICLÍSTICA

Suspensão dianteira: forquilha telescópica com 100mm de curso

Suspensão traseira: braço oscilante, 85mm de curso

Travão dianteiro: Disco

Travão traseiro: Disco

Pneus (Fr./Tr.): 110/70-13M/C 48 P sem câmara e 130/70-13M/C 63 P sem câmara

DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES

Comprimento total: 1935 mm

Largura total: 740 mm

Altura total: 1160 mm

Altura do assento: 765 mm

Distância entre eixos: 1340 mm

Distância mínima ao solo: 125 mm

Peso: 131 kg

Capacidade do depós. Combustível: 7,1 l

Preço: a partir de 3125 euros