Recém-chegada ao mercado nacional, a Polestar ambiciona chegar ao topo da lista de preferências dos clientes de automóveis elétricos premium. O primeiro modelo a chegar a Portugal é o Polestar 2, um SUV 100% elétrico com custo base inferior a 50 mil euros, mas a lista de propostas promete crescer em breve com um plano de produto bastante forte.

Com sede em Gotemburgo, na Suécia, a Polestar está a percorrer um caminho de independência após a sua emancipação no seio do grupo Geely, com um plano de expansão que passa pela chegada a mais mercados (30 até ao final de 2023) e à ampliação da gama de modelos. Embora se assuma como uma marca de automóveis 100% elétricos, o primeiro a utilizar o logótipo da marca era um Plug-in híbrido desportivo, apropriadamente agraciado com a denominação 1, num formato GT de duas portas que contava com um motor a gasolina de 2.0 litros associado a dois motores elétricos para uma potência combinada de 609 CV.

Com produção limitada, foi construído na fábrica de Chengdu, na China, ficando como único projeto de larga escala a ser produzido naquele local – apenas serão produzidos modelos especiais e de índole mais artesanal naquela mesma fábrica.

Para já, a grande estrela é o 2, que é o primeiro automóvel de conquista da Polestar na verdadeira aceção da palavra, surgindo em Portugal com três versões, de tração dianteira e integral, num formato de carroçaria ‘fastback’ que a marca aponta como um forte indicador do seu dinamismo. O Polestar 2 procura, de acordo com os responsáveis da marca, “converter não os outros utilizadores de veículos elétricos, mas sim os condutores dos automóveis de motor de combustão de outras marcas premium”, asumindo uma ‘missão’ de conversão à eletrificação como medida para reduzir as emissões poluentes.

É também um dos primeiros automóveis a contar com o sistema Android Automotive concebido pela Google, incluindo assim funcionalidades como o Google Maps ou a Play Store para atualização de aplicações, além de apresentar o Google Assistant para diversas interações com o veículo.

Muitos SUV na calha

Mas esse é só o passo atual. O modelo seguinte, de acordo com a marca, é a chegada de mais um SUV, claramente dinâmico, o 3, também ele totalmente elétrico, naturalmente. Segundo a Polestar, será um modelo mais longo, baixo e de perfil esguio, com uma pose robusta e espaço a bordo para cinco ocupantes.

A tendência dos SUV dita mesmo modas, já que o modelo seguinte, hipoteticamente, em 2024, será o 4, também um SUV mas mais compacto do que o 3, sendo equiparado nas suas dimensões ao Volvo XC60 se se quiser estabelecer uma comparação dentro de uma marca ‘prima’ (convém recordar que a Volvo já não tem ligações organizativas com a Polestar).

Para 2025, a marca antecipa um modelo com base no Precept Concept, ou seja, o Polestar 5. Este protótipo, apresentado em 2021, surge como uma declaração de intenções da companhia liderada por Thomas Ingenlath, designer por habilitação, CEO agora por decisão corporativa. Ou seja, este é o modelo que aponta para a direção a seguir pela Polestar na estética e na tecnologia embarcada. Contará com Android Auto de nova geração e novas funcionalidades tecnológicas, merecendo também um chassis específico para estar à altura das suas ambições de topo de gama.

O interior do concept apresentava uma forte componente de elementos reciclados concebidos a partir de impressão 3D (de garrafas de plástico) que a Polestar classifica de exequível para inclusão na versão de produção como parte do seu esforço de sustentabilidade.

Para finalizar o seu plano de produto futuro, a Polestar poderá alinhar no mercado com um automóvel de âmbito aspiracional, ou seja, para fazer sonhar, com base no O2 Concept, um roadster 2+2 que funciona como uma demonstração das capacidades da Polestar, inserindo-se no espírito daquilo que Ingenlath classifica como o futuro dos carros desportivos: 100% elétricos.

“A cultura automóvel que conhecemos hoje não vai desaparecer no futuro, vai ser mais colorida e extraordinária”, afirma Ingenlath.

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