O meu pai é um conversador nato. Qualquer ocasião tem potencial para que um ou outro assunto venha ao de cima e o faça perder-se no tempo, em entusiástica exposição dos seus pensamentos. Por isso digo com a maior sinceridade que não o conseguiria imaginar em melhor ofício. Ao fim de quase 25 anos atrás do balcão do café, lá na freguesia, ainda o vejo arrastar a pausa de almoço bem para lá da hora do lanche, porque a conversa está boa e nem a fome lhe demove a vontade de falar. A minha mãe, recolhida aos afazeres do fabrico […]
Crónica de Ana Costa: Conversas de Café
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