Um programa de televisão no qual se falou do Senhor do Adeus, o idoso de impecável estilo que acenava às pessoas e aos carros em Lisboa, fez-me pensar noutras figuras que, pela minha vida fora, ficaram associadas a lugares. Com o tempo, na minha memória e afeto, deixaram de ser aquelas pessoas que estavam sempre naquele lugar – e passou a ser o lugar que estava sempre naquelas pessoas. Posso mencionar a Sinaleira de Valongo, o Serafim e o Manel Cagalhoto. Este último era o exemplo mais perfeito de alguém que apenas estava, com esse estar a significar aquela encosta […]
Crónica de Dora Mota: as pessoas que são os lugares
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