Olho para trás, um dia frio e luminoso atravessa-me a memória da infância. No passado distante houve, com certeza, dias de chuva, tempestades, céus de chumbo, ciclones inclementes, árvores derrubadas. Mas nenhuma lembrança guardo de dias cinzentos. O Natal é um dia frio, cheio de sol. E é também o dia de se dormir na palha, em comunidade, numa cozinha quente, como se se estivesse em Belém, há mais ou menos dois mil anos, à espera do nascimento de Jesus. Sim, o Natal era o dia de Jesus nascer. O publicitário Pai Natal das barbas brancas, nesse tempo, nem sequer […]
Crónica de Paula Ferreira: Dormir na palha com o menino
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