A Carris está numa rota de descarbonização, pretendendo ter uma frota com zero emissões locais no ano 2040.

Para atingir esta meta, Carris prepara a introdução de 45 “bus” elétricos (em dois lotes, 15 mais 30) e 25 elétricos de carril (15 articulados e 10 compactos de design antigo).

Autocarros elétricos

 Tiago Farias, Presidente do Conselho de Administração da transportadora da cidade de Lisboa, refere que o primeiro lote de 15 “bus” elétricos que já foi comprado, deverá entrar em circulação durante 2020, eventualmente até no início do próximo ano.

Estes 15 autocarros elétricos resultam de um concurso público lançado em abril de 2018, com um preço base de 11,7 milhões de euros.

Ao mesmo tempo, a Carris tem programado lançar um novo concurso público para adquirir mais 30 autocarros elétricos.

Pontinha será onde os “bus” EV da Carris carregarão as baterias.

Elétricos de carril

A transportadora da capital tem ainda em curso um processo de concurso no valor de 45 milhões de euros acrescidos de 5 milhões de euros em serviços de manutenção para a aquisição de 15 elétricos articulados de carril, cuja entrega faseada deverá acontecer durante o segundo semestre de 2021.

Estes elétricos articulados de carril, de 28,5 metros de comprimento, reforçarão a frota atual da Carris de 10 elétricos articulados de carril (que começaram, de forma faseada, a circular em 1995) e irão servir para alargar o atual trajeto da linha 15E, que, do Jardim de Algés até à Cruz Quebrada (cerca de 2 km de distância), há muito deixou de ser realizada por carro elétrico e passou a ser feita por autocarros a gasóleo na carreira 776.

Pormenor dos carris que estão atualmente fora de serviço, ao pé do Aquário Vasco da Gama, no Dafundo

A transportadora da capital quer, assim, dar uso aos carris que ainda se encontram no pavimento neste troço Algés-Cruz Quebrada.

O alargamento da linha de elétricos de carril até Santa Apolónia e Parque das Nações faz igual modo parte dos planos.

DESDE 1995 QUE A CARRIS NÃO ADQUIRIA UM ELÉTRICO

Tiago Farias dá ainda conta de que a empresa quer igualmente comprar mais 10 elétricos de carril compactos, de design alinhado com os históricos elétricos de Lisboa, que podem ser vistos na carreira 28, por exemplo.

O intuito é lançar um concurso público em 2020, sendo que esses novos elétricos terão tecnologia e conforto modernos a imitar a traça antiga dos velhinhos elétricos. O presidente da Carris chama-os de os “novos históricos”.

Até lá, a Carris está a efetuar já uma transição energética, apostando em veículos a Gás Natural, os quais irão representar cerca de um terço da frota de autocarros da empresa que atualmente é composta por sete centenas de “bus”.

Na sequência do projeto-piloto na carreira 702, a Carris tenciona também alargar o número de autocarros movidos a biodiesel criado a partir de óleos alimentares usados.

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