A história de Charlotte é bem menos real do que a do DBX, mas serviu para a Aston Martin criar uma ‘persona’, uma entidade fictícia moderna para quem o SUV desportivo serviria no seu dia-a-dia. O resultado é o DBX das imagens, com produção agendada para a nova fábrica de St. Athan, no País de Gales, com uma plataforma nova feita à medida para este modelo.
A marca garante que o facto de ter surgido a partir de uma folha em branco “permitiu aos diferentes departamentos dentro da Aston Martin que inovassem e superassem os limites daquilo que o design e a engenharia britânica podem criar, resultando num modelo marcante”.
No primeiro aspeto, o design, este DBX é perfeitamente reconhecível como um Aston Martin, com a grelha dianteira de grandes dimensões e os faróis estilizados de forma oval, com as luzes diurnas LED mais abaixo, integradas no para-choques. Na traseira, o desenho dos farolins LED é marcante, ajudando a traçar as linhas de ombros das cavas das rodas mais musculadas. A secção inferior está revestida a preto, para acentuar a sensação de elevação ao solo.
Engenharia avançada
Em termos de engenharia, um dos destaques vai para a utilização de alumínio na sua construção, com uma estrutura bastante leve e rígida que ajudou a marca a ficar-se pelos 2245 kg de peso para este DBX, apesar de dimensões bem generosas: 5,04 m de comprimentos, 2,00 m de largura e 1,68 m de altura, com uma distribuição de pesos de 54% à frente e 46% atrás.Ao nível da suspensão, destaque para a adoção de um sistema pneumático adaptativo de câmara tripla com barra estabilizadora elétrica de 48v (eARC) e amortecimento adapativo para amplas capacidades de funcionamento, seja em terra, seja em asfalto. A Aston Martin refere mesmo que, no acerto mais dinâmico, o DBX assume maior proximidade com um carro do segmento dos desportivos do que dos SUV. A sua altura ao solo pode aumentar em 45 mm ou reduzir-se em 50 mm (variando num total de 95 mm), auxiliando não só a dinâmica mas ou acesso ao veículo ou a saída. No capítulo da funcionalidade, além do espaço a bordo, que a marca admite ter sido um dos critérios de desenvolvimento, são apontados 632 litros de capacidade da bagageira.
A motorização fica a cargo de uma evolução do bloco V8 de 4.0 litros, o mesmo dos Vantage e DB11. Com uma configuração biturbo, debita 550 CV de potência e 700 Nm de potência, não esquecendo também o lado da eficiência com a possbilidade de desativação de quatro dos cilindros quando o motor não está em carga. A sonoridade foi trabalhada para ser facilmente identificável com a Aston Martin. A aceleração dos zero aos 100 km/h cumpre-se em meros 4,5 segundos, para uma velocidade máxima de 291 km/h. Os consumos médios, em ciclo WLTP, estão fixados nos 14,3 l/100 km. A motorização está associada a uma caixa automática de conversor de binário com nove velocidades e a um sistema de tração integral com diferenciais ativos – um central ativo e outro, traseiro, elétrico (eDiff). Esta configuração pemite que o binário seja repartido de forma precisa entre os dois eixos consoante as necessidades.
A Aston Martin integrou ainda um sistema de modos de condução que faz variar parâmetros como o funcionamento de motor, caixa, tração e suspensão, com seis modos no total – quatro para asfalto e dois para atividades off-road.
Luxo a bordo
Para a utilização do sistema de infoentretenimento, recorre-se, assim a um comando tátil no túnel central. O sistema Apple CarPlay surge de série. Os bancos são de elevado requinte, com revestimento em couro fornecido pela parceria de longa data, a Bridge of Weir. De resto, muitos outros detalhes dão conta da sua exclusividade, como o revestimento em pele do tablier.
Os preços indicados até ao momento dão conta de três mercados: 158.000 libras esterlinas no Reino Unido, 193.500 euros na Alemanha e 189.900 dólares nos Estados Unidos da América, pelo que é de prever um valor de venda em Portugal a rondar os 200 mil euros. As entregas aos clientes deverão começar no segundo trimestre de 2020.
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