Modelo de grande sucesso na Audi com mais de 1.1 milhões de unidades vendidas (recebendo recentemente uma nova geração), o Q3 ganha uma visão mais emotiva que, de acordo com as explicações dos responsáveis da marca alemã, traduz “a força de um SUV com a beleza de um coupé desportivo”. Observado em primeira mão na Alemanha, o Q3 Sportback cumpre o que promete.
Se ao Q3 de base se pode aplicar um ideal de racionalidade e sobriedade, o Q3 Sportback aposta na maior irreverência e arrojo estético a par de proporções compactas, mas bem delineadas. Mede 4500 mm de comprimento, 1843 mm de largura e 1556 mm de altura, valendo-se ainda de 2680 mm de distância entre eixos para um interior que não peca no desafogo. A bagageira tem capacidade para 530 litros, podendo subir até aos 622 litros com a movimentação da segunda fila de bancos longitudinalmente em calhas (em 130 mm), tendo como máximo os 1400 litros com o rebatimento dos encostos dos bancos traseiros.
Design: os pilares da aventura desportiva
A equipa de design do Q3 Sportback concebeu este modelo com base em três pilares de experiência: espírito aventureiro extremo, apelo a um estilo de vida ativo e ideia de ‘limpeza’ e precisão nas suas linhas com harmonia das mesmas.
Face ao Q3 ‘racional, entenda-se, a linha de tejadilho está situada 3 cm mais abaixo, sendo também 16 mm mais comprido, o que lhe confere uma pose mais atlética, mesmo quando parado. Mas, embora partilhando muitos dos componentes com o Q3, assume identidade própria, como por exemplo na grelha dianteira mais larga com contorno em preto ou alumínio, linha de cintura mais baixa, zona inferior da carroçaria com possibilidade de contar com elementos em alumínio ou à cor da carroçaria, bem como nas jantes de 17 polegadas que são de série no modelo de entrada. Na traseira, iluminação em LED, com difusor específico e um longo spoiler superior junto ao óculo.
Também de série, ainda no capítulo dos equipamentos são a direção progressiva de assistência variável, os modos de condução Audi drive select (com modos para maior economia e condução dinâmica), além de suspensão desportiva para comportamento a condizer com a imagem (que pode ser escolhida sem custo como alternativa à suspensão de base). Igualmente de série, surge painel de instrumentos digital, mas o virtual cockpit com grafismos múltiplos configuráveis é uma das opções. O sistema MMI Touch com feedback acústico e háptico está presente para o controlo multimédia, recebendo ainda a assistente virtual Alexa da Amazon e conexão ao sistema operativo Apple CarPlay.
A Audi quis dotar o Q3 Sportback de um desenho mais agressivo do pilar B para trás, demarcando-se a sensação de largura da traseira a partir das opções de design.
Ainda no capítulo da suspensão, há a possibilidade de poder equipar suspensão adaptativa, cuja unidade de controlo avalia os sinais da aceleração e dos sensores das rodas para medir os movimentos estruturais da carroçaria, permitindo adaptar a força de amortecimento de cada roda consoante as condições da estrada e o tipo de condução em escassos milésimos de segundo.
Nas áreas de assistência à condução, de série, o Q3 Sportback mune-se de sistemas Pre Sense Basic com travagem de emergência em cidade e alerta de saída de faixa, por exemplo, havendo outros elementos também oferecidos para este SUV na lista de opcionais, como o renovado sistema de assistência ao estacionamento Parking Assist com função autónoma.
A gama de motores será composta por quatro opções, sendo divididas equitativamente entre gasolina e Diesel, sendo que uma das unidades a gasolina terá tecnologia de hibridação Mild-Hybrid (MHEV) para redução dos consumos e emissões poluentes.
Assim, entre as propostas a gasolina, versões 35 TFSI com base no motor 1.5 de 150 CV de potência e 250 Nm de binário e 45 TFSI quattro com motor 2.0 TFSI de 230 CV de potência e 350 Nm de binário máximo. Cabe ao motor 1.5 TFSI da variante 35 a possibilidade de equipar sistema MHEV quando equipado com a caixa S tronic de sete velocidades. Este sistema recorre a rede elétrica de 48 V que permite uma redução dos consumos de até 0,4 l/100 km, de acordo com a marca.
MEDIDAS DE POUPANÇA
O sistema MHEV de 48 V tem como ‘segredo’ a utilização de arranque de um alternador por correia (BAS) que pode recuperar até 12 kW de potência durante a desaceleração, armazenando-a numa bateria de iões de lítio bastante compacta. Se o condutor desacelerar entre os 40 km/h e os 160 km/h, o Q3 Sportback 1.5 TFSI MHEV ‘rola’ com o motor desligado ou à ‘vela’. Já o sistema Start-Stop pode ativar-se a partir dos 21 km/h. Outra medida para poupar é a desativação de cilindros do motor 1.5 TFSI quando não existe carga no acelerador, desligando dois dos quatro cilindros.
Quanto aos Diesel, o 35 TDI será o modelo de base, com recurso ao motor 2.0 TDI de 150 CV de potência e 340 Nm de binário, a que se junta a 40 TDI quattro com o mesmo motor turbodiesel, mas em versão de 190 CV e 400 Nm.
Os dois motores mais potentes terão, de série, o sistema de tração integral quattro para melhor controlo da motricidade em cada momento, ao passo que o TDI de entrada, com 150 CV, também pode receber o sistema quattro opcionalmente. Apenas o 35 TFSI fica de fora.
Os respetivos modelos de acesso a gasolina e Diesel são também os únicos que surgem com caixa manual de seis velocidades, podendo receber a automática S tronic de sete velocidades como opcional. É, aliás, apenas quando equipado com caixa automática que o 35 TFSI pode ter sistema MHEV – a versão com caixa manual não conta com este sistema tecnológico de poupança e eficiência.
A gama terá dois níveis de equipamento: Base e S line, havendo ainda uma edição de lançamento ‘Edition 1’ com elementos especiais, como os símbolos da Audi em preto, entre outros detalhes, como as jantes de 20 polegadas.
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