A Califórnia irá suspender todas a compras de veículos de fabricantes que apoiaram decisão de Donald Trump de impedir medidas ambientais mais restritivas para os automóveis.

O Estado da Califórnia mostrou o interesse de determinar o seu próprio limite legal em matérias de emissões de gases nefastos para a atmosfera, medida que levou o Presidente norte-americano a aprovar em setembro passado uma lei federal que impede os estados de colocarem em prática políticas que incentivem o uso de veículos menos poluentes ou de zero emissões. E ainda no mês passado, GM, Toyota, Fiat Chrysler, entre outros fabricantes membros da Associação Comercial Global Automakers assumiram publicamente o apoio à posição do governo Trump.

O estado da Califórnia foi um dos que recorreu em tribunal, reclamando o direito de estabelecer limites próprios de emissões, em defesa da qualidade de vida dos seus habitantes estão expostos. E, agora, avançará para o boicote.

Segundo afirmou em entrevista recente Adrian Martinez, advogado do grupo ambiental Earthjustice, seis das dez piores cidades americanas em termos de poluição por partículas durante todo o ano estão no Estado da Califórnia. “A Califórnia precisa fazer mais e, para atender aos padrões de ar limpo, teremos que fazer de tudo”, explicou.

Segundo noticiou a agência Reuters, entre 2016 e 2018, a Califórnia investiu cerca de 58 milhões de dólares em veículos de marcas do consórcio General Motors, mais 55 milhões em automóveis da Fiat/Chrysler e mais de 10 milhões em modelos da Toyota.

A partir de janeiro, aquele estado norte-americano só comprará automóveis de marcas que reconhecem a autoridade legal da Califórnia para estabelecer as suas próprias regras pró-ambiente.