Contudo, se as marcas continuam a dedicar grande atenção e empenho a esta circunstância, a possibilidade de um dia ter esse tipo de carros disponíveis para os clientes finais – como os condutores atuais – permanece uma incógnita, com um responsável da BMW a demonstrar alguma cautela naquilo que aponta para a condução autónoma.
Em declarações reproduzidas na Autocar, Ian Robertson, da marca bávara, deixou patente a sua visão de que a tecnologia de condução autónoma pode ser de difícil aceitação geral, até por uma questão regulatória.
“Imaginem um cenário em que um carro tem de decidir entre acertar numa pessoa ou noutra – escolher se causa a morte deste ou daquele. O que é que vai fazer? Aceder ao registo de um e verificar que é um doente em estado terminal e que por isso pode ser atingido? Penso que essa situação nunca vá ser permitida”, referiu Robertson num encontro da SMMT (associação que congrega construtores e concessionários), admitindo que tem de ser uma tecnologia com funcionamento “perfeito”.
A BMW tem investido bastante nesta área tecnológica, levando a cabo diversos ensaios em estradas públicas com modelos transformados para autonomia máxima, mas Robertson garante que, apesar de todos os avanços, o engenheiro que supervisiona o exercício tem de intervir, em média, por três vezes. Por isso, embora garanta que a tecnologia está muito avançada, ainda não é possível que os passageiros “se sentem no banco de trás a relaxar”, apesar do que “alguns poderão dizer”. E poderá nunca se chegar a esse patamar.
“Mas acredito que, a longo prazo, os reguladores irão intervir e estabelecer limites em relação ao qual longe poderemos ir. Poderá permitir que seja utilizada na autoestrada, uma vez que são ambientes mais controlados”, afiançou, ao mesmo tempo assumindo que a BMW não deverá produzir automóveis sem volantes.
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